Assessoria de Comunicação em 02/05/2016
Durante o percurso ministra afirmou que o Sirius é prioridade para o MCTI e que representa o desenvolvimento da ciência brasileira
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O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas-SP, recebeu na última sexta-feira, 29/04, a visita da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, em exercício, Emília Ribeiro Curi. Na ocasião, a ministra percorreu as obras do Sirius, nova fonte de luz síncrotron brasileira que está sendo construída pelo LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), e visitou os quatro laboratórios nacionais do CNPEM.
Antes da visita à construção, a ministra conheceu as instalações de pesquisa dos Laboratórios Nacionais do CNPEM: LNLS (Laboratório Nacional de Luz Sincrotron), LNNano (Laboratório Nacional de Nanotecnologia), LNBio (Laboratório Nacional de Biociências) e por fim CTBE (Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol).
Durante a visita ao LNNano, Emília Ribeiro Curi inaugurou oficialmente a Sala Limpa, projeto financiado pelo Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SISNano). A instalação é um ambiente controlado, com baixos níveis de contaminantes atmosféricos como poeira, vapores químicos, micro-organismos e partículas suspensas, além de temperatura e umidade monitoradas. Este tipo de espaço é essencial para a elaboração de novos processos e produtos nas áreas de microeletrônica e farmácia, por garantir a qualidade das etapas de desenvolvimento.
Segundo o coordenador de grupo de pesquisa do LNNano, Carlos César Bufon, a nova sala complementa a infraestrutura de pesquisa e permite agregar valor aos nanomateriais, transformando-os em dispositivos, por exemplo. “Estas instalações nos dão a liberdade de produzir nanodispositivos, que se utilizam das propriedades dos nanomateriais, da estrutura da matéria. Nós trabalhamos com matéria orgânica e inorgânica e transformamos isso em dispositivos funcionais que atendem a demandas de setores estratégicos”, explicou.
Dentre os projetos que fazem uso da sala limpa, destaca-se o desenvolvimento de um biossensor, capaz de identificar moléculas relacionadas a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e alguns tipos de câncer. Recentemente, pesquisadores envolvidos nesta iniciativa apresentaram a primeira versão do biossensor, um dispositivo eletrônico portátil disposto sobre uma plataforma de vidro.
Durante a visita às obras do Sirius a ministra em exercício destacou a importância do equipamento. “O Sirius é uma prioridade para o MCTI e para o Governo Federal como um todo. Temos certeza que os recursos não vão faltar para a conclusão das obras em 2018.” Sirius será uma das mais avançadas infraestruturas de ciência do mundo, que deverá abrir novas perspectivas de pesquisa em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras.
Acompanharam a visita da ministra o diretor-geral e presidente do Conselho de Administração do CNPEM, Rogério Cerqueira Leite, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), Renato Cotta, e os diretores do LNLS, Antonio José Roque, do LNBio, Kleber Franchini, do LNNano, Marcelo Knobel, e do CTBE, Paulo Mazzafera, além do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Luiz Curi.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Localizado em Campinas-SP, possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país.
Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos