Realizado em parceria com ANDIFES e COPROPI, programa selecionou 28 pesquisadores de 15 estados brasileiros
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em colaboração com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Colégio de Pró-reitores de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação das Instituições Federais de Ensino Superior (COPROPI), firmou nesta segunda-feira (9) um Memorando de Entendimento para a formalização do Programa Embaixadores CNPEM.
A iniciativa, lançada em setembro de 2024, visa a divulgação de oportunidades de interação com o CNPEM, incluindo o acesso às instalações abertas do Centro e a participação em eventos de capacitação científica. O objetivo central do programa é fortalecer a capilaridade territorial das atividades do CNPEM, contribuindo para o fortalecimento do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia.
“Esperamos contar com a atuação proativa dos embaixadores em suas universidades de origem para entendermos algumas particularidades regionais. Como podemos apoiar propostas de pesquisa, distribuídas nas regiões Norte e Nordeste, a ter acesso às nossas instalações abertas? Temos demandas específicas de determinadas áreas do conhecimento? Os embaixadores terão um papel central na construção desse diagnóstico e na proposição de ações que possam apoiar o avanço do conhecimento no País”, afirmou Antonio José Roque da Silva, Diretor-Geral do CNPEM.
Nesta edição inaugural, foram selecionados Embaixadores de 28 Universidades Federais em 15 Estados das regiões Norte e Nordeste. Com o apoio do CNPEM, COPROPI e ANDIFES, esses pesquisadores atuarão como agentes de troca de conhecimento, promovendo ações que aproximem o CNPEM e as comunidades acadêmicas, e ampliem o impacto das iniciativas científicas e tecnológicas no Brasil.
“Para mim, esse é um dos pilares desse projeto: oferecer as condições para que a pesquisa possa se fortalecer em regiões que participam menos da atividade científica. Quando pensamos em desenvolvimento do conhecimento em um país, precisamos otimizar essas estruturas [científicas] e garantir que tenham essa importância e que estejam servindo ao país como um todo”, destacou José Daniel Diniz, reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e presidente da ANDIFES. “É uma forma de fazer com que a informação chegue, não apenas sobre o que pode ser feito no CNPEM, mas também para facilitar o contato, algo que às vezes os pesquisadores sentem estar muito distante”, completou.
Pedro Carelli, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador do COPROPI, observa que a primeira edição do Programa Embaixadores foi acertada ao priorizar as regiões Norte e Nordeste que “até agora têm tido menor participação nas atividades científicas junto ao CNPEM”, acrescentando se tratar de um “programa histórico para acelerar a qualificação da pesquisa brasileira”. O plano, segundo Carelli, é “amadurecer o formato para, no futuro, expandir para outras regiões. O programa seguirá em aprimoramento contínuo”, afirmou.
Os Embaixadores selecionados participarão de encontros regulares ao longo de 2025, incluindo uma reunião presencial em Campinas, SP, cujas despesas serão custeadas pelo CNPEM. Os Embaixadores serão responsáveis por fomentar e estabelecer canais de direcionamento de dúvidas e sugestões entre suas instituições de origem e o Programa de Usuários do CNPEM, além de atuar na promoção de atividades de divulgação das infraestruturas disponíveis no CNPEM.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País, O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. Responsável pela operação dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), e também pela Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).