Correio Popular em 13/07/2016
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Criado em 1997, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial.
O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (Lnls) opera a única fonte de luz síncrotron da América Latina e está construindo o Sirius, novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos. As obras do Sirius estão entre as mais sofisticadas do País, com exigências de estabilidade mecânica e térmica sem precedentes para não comprometer a trajetória dos elétrons. O Projeto Sirius — acelerador de partículas previsto para 2019 — irá consumir R$ 1,7 bilhão provenientes de recursos do governo federal. Até o momento, segundo o diretor do Lnls, Antônio José Roque, aproximadamente R$ 600 milhões já foram contratados para o projeto. “Teremos a luz síncrotron mais brilhante do mundo”, comemora.
Operam também no CNPEM o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), que desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE), que investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), que realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o País.
Na próxima semana, entre o dias 20 e 22, o LNNano e o Instituto de Química (IQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizam a 6ª edição do Workshop em Microfluídica, que irá ocupar, pela primeira vez, o Centro de Convenções da universidade, localizada a 5km do CNPEM. Desde 2011, o workshop reúne estudantes e jovens pesquisadores de diferentes estados brasileiros para discutir as mais recentes inovações no campo da microfluídica.
Os quatro laboratórios de pesquisas somam 400 trabalhos em andamento. São Paulo lidera as demandas com 40% das pesquisas, seguido pelos demais estados do Brasil com outros 49%, e o restante é ocupado por institutos internacionais. Nossos vizinhos da Argentina, por exemplo, respondem por 14% das demandas de fora do País.