Com proposta pedagógica inovadora para a formação de futuros cientistas, Ilum inicia o processo seletivo para 40 vagas; candidatos poderão usar a nota do Enem
A Ilum Escola de Ciência, iniciativa do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Organização Social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), está com as inscrições abertas para candidatos à primeira turma do curso de Bacharelado em Ciência, Tecnologia e Inovação. Serão oferecidas 40 vagas, com início das aulas previsto para 15 de fevereiro de 2022.
O curso, com três anos de duração em período integral, é gratuito e pelo menos metade das vagas será destinada a estudantes vindos da escola pública. Os alunos aprovados terão moradia, alimentação e transporte custeados pela escola, e um computador pessoal para uso durante os três anos de formação.
Sem fins lucrativos, a escola conta com financiamento do Ministério da Educação (MEC) e foi avaliada como de excelência pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), recebendo a nota máxima, 5. Essa avaliação considera o projeto pedagógico, a infraestrutura e a qualificação do corpo docente.
O ministro Milton Ribeiro, da Educação, visitou a instituição no início do ano e ressaltou a decisão de investir na iniciativa. “O Governo Federal sabe da importância do fomento à formação de futuros cientistas. Vimos de perto a seriedade do trabalho aqui realizado e esperamos colher importantes frutos para o país a médio e longo prazo.”
O formulário de inscrições ficará disponível no site da Ilum (https://ilum.cnpem.br) até 15 de dezembro de 2021. Essa será a primeira etapa do processo seletivo, na qual será requisitada uma Manifestação de Interesse do candidato. A seleção vai considerar ainda a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, na última fase, o aluno passará por entrevista com a comissão de avaliação do curso.
“O perfil de alunos que buscamos é o do jovem curioso, com um interesse genuíno pela ciência, que busca respostas para as questões reais que o mundo do século XXI enfrenta. É um projeto baseado na mão na massa e na mente trabalhando. O grande objetivo é a formação de cientistas, com um aprendizado profundo”, afirma Adalberto Fazzio, diretor da Ilum .
“É muito importante termos uma iniciativa como a escola Illum que une o conhecimento teórico e prático e mais interessante que a formação ingressa os jovens para as carreiras do futuro que considero a nossa próxima fronteira. Vagas gratuitas e acessíveis para acesso ao conhecimento que resultarão em novos engenheiros, pesquisadores, cientistas, professores e outras profissões conectadas com um mundo novo, mas com soluções nas áreas de saúde, agricultura, IA, TICs, IoT, renováveis, óleo e gás, aeroespacial, entre outras, caminhando para atuação no desenvolvimento sustentável para a humanidade e para o planeta”, afirma o ministro Marcos Pontes, da Ciência Tecnologia e Inovações – MCTI.
O corpo docente da escola é formado por professores seniores, com reconhecida contribuição científica, e por professores pesquisadores, jovens doutores e pós-doutores com jornada integral e dedicação exclusiva à escola. Os laboratórios contam com equipamentos de ponta.
Formação interdisciplinar
A proposta da Ilum é formar profissionais com uma base sólida em ciências e tecnologia, aptos a atuarem em diversos segmentos, capacitando os futuros cientistas a seguir carreira na pesquisa, na docência, em laboratórios de empresas privadas e órgãos públicos, como especialistas em inteligência artificial, aprendizado da máquina e análise de dados. Os estudantes que quiserem continuar a formação acadêmica serão capazes de seguir diretamente para o doutorado.
Inovador, o curso está baseado no ensino ativo, em que o aluno é o protagonista do aprendizado, com o apoio e orientação dos professores. Por esse método, os estudantes já chegam para a aula sabendo o conteúdo que será apresentado, o professor faz uma breve exposição teórica e propõe questões, interações ou trabalhos em grupo sobre o tema, incentivando a autonomia e oferecendo todo o suporte para a construção do conhecimento.
Essa metodologia enfatiza as atividades práticas e tem foco na interdisciplinaridade, fundamental para fazer frente aos desafios colocados globalmente para a ciência nos tempos atuais, como as energias limpas, produção agrícola, sustentabilidade, saúde, fármacos, transporte e logística, questões climáticas, materiais e minerais estratégicos, entre outros.
“Vivemos uma era na qual o conhecimento avança tão rápido que o especialista muitas vezes tem dificuldades de cruzar as fronteiras imaginárias criadas pelas disciplinas tradicionais. Os profissionais devem estar preparados para atuar em problemas cada vez mais temáticos e menos disciplinares. O profissional do futuro que sobreviverá com sucesso será aquele que está mais preparado para as mudanças”, afirma Nelson Studart Filho, coordenador pedagógico da Ilum.
Teoria e prática
Desde o início do curso, os alunos da Ilum estarão envolvidos na resolução de problemas, por meio do desenvolvimento de projetos e experimentação nos laboratórios avançados da escola e com a imersão gradual no ambiente de pesquisa e inovação tecnológica do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), onde participarão de palestras, poderão usar equipamentos de ponta e acompanhar o trabalho dos pesquisadores.
Nos cinco primeiros semestres, haverá aulas teóricas e práticas na sede da Ilum e os estudantes terão acesso às instalações do CNPEM de duas a três vezes por semana no período da tarde. No último semestre, a imersão será total, com a execução integral do projeto final do curso no centro nacional de pesquisa, que conta com quatro laboratórios de referência nacional e o acelerador de partículas Sirius, fonte de luz síncrotron de última geração. Nesses ambientes, terão orientação de especialistas das mais diversas áreas que trabalham na maior e mais complexa infraestrutura de pesquisa do Brasil.
Currículo
A grade curricular envolve três grandes áreas do conhecimento científico: ciências da vida (biologia celular, biologia molecular, bioquímica, ecologia, genética e botânica), ciências da matéria (mecânica clássica, termodinâmica, teoria do eletromagnetismo, mecânica quântica, sistemas orgânicos e nanotecnologia) e linguagens matemáticas (álgebra linear, probabilidade estatística, ciência de dados, análise e modelagem). Haverá também disciplinas de humanidades e empreendedorismo (cultura clássica, ciência moderna, ética, inovação, gestão de projetos, cultura digital e cultura e sociedade).
“A escola se baseia em um modelo de ensino diferenciado e disruptivo para formar cientistas engajados e profissionais éticos, com formação humanista. Criamos na Ilum um ambiente de aprendizado significativo e integrado, e não apenas salas de aula, com ênfase no trabalho colaborativo, em que os alunos se reúnem para resolver problemas. Hoje em dia, nós sabemos que não adianta um cientista ser brilhante se não souber interagir com os seus pares”, explica a historiadora Ivia Mineli, professora da Ilum.
Um exemplo dessa colaboração é a maneira como serão executados os projetos no último ano do curso. Cada projeto reunirá quatro alunos: dois serão pesquisadores principais e dois colaboradores, alternando essas posições a cada novo trabalho. O objetivo é desenvolver a capacidade de trabalhar em equipe, tanto em posições de liderança quanto de subordinação.
A arquitetura da escola reflete esse conceito colaborativo, com espaços para estudos, trabalhos em equipe e de convivência equipados com lousas móveis para que os estudantes possam interagir e trocar conhecimentos e experiências também fora da sala de aula e dos laboratórios.
A Ilum ocupa um prédio de 2,1 mil metros quadrados no bairro Santa Cândida, em Campinas (SP), onde nasceu o CNPEM, na década de 1980. Foi lá que foram projetados e construídos os equipamentos do primeiro acelerador de elétrons do Hemisfério Sul, o UVX.
O imóvel foi totalmente modernizado e adaptado para abrigar a escola, com um projeto especialmente pensado para criar um ambiente de inovação, em que pesquisa, ensino e experimentação estão integrados, garantindo também conforto ambiental e acessibilidade. Os alunos da Ilum contarão ainda com um centro de vivência fora da escola, que será construído no campus do CNPEM.
Nasce uma escola
A Ilum começou a ser concebida há seis anos a partir de discussões envolvendo o Conselho de Administração do CNPEM, professores, pesquisadores, engenheiros do centro de pesquisa e membros da comunidade científica.
A escola também promove um ciclo de eventos on-line sobre temas ligados a ensino, ciência, tecnologia e inovação, o “Diálogos Ilum”. Voltado a educadores, alunos e pessoas interessadas em ciência e ensino, é realizado sempre às quintas-feiras às 16h. Para participar, basta fazer a inscrição em formulário disponível no site https://pages.cnpem.br/ilum/ .
“O CNPEM é tradicionalmente um centro que fomenta a busca de soluções para grandes problemas e a inovação científica. Com a Ilum, investimos ainda mais no fazer científico, desde a sua fase inicial, contribuindo para a formação de jovens pesquisadores com mente crítica e curiosidade para investigar o mundo”, afirma Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM.
Serviço
Ilum Escola de Ciência
Inscrições: de 28/09/2021 a 15/12/2021, gratuitamente, pela internet, no endereço https://pages.cnpem.br/ilum/ .
Entrevistas: 18 a 26 de janeiro de 2022.
Início das aulas: 15 de fevereiro de 2022.
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Raio X
Onde fica: Rua Lauro Vannucci, 1.020, Parque Rural Fazenda Santa Cândida, Campinas-SP
Infraestrutura: ocupa uma área de 2,1 mil metros quadrados, com dois andares, 4 salas de aula com estações de trabalho para grupos de seis alunos, equipadas com recursos audiovisuais e multimídia, laboratório úmido, laboratório seco para atividades práticas de física e computação, laboratório de equipamentos especiais (com microscópios de força atômica, microscópios de tunelamento e espectrômetro Raman), laboratório de biomicroscopia (com microscópios para estudos de biologia), estúdio para gravação e edição de vídeos, sala de estudos, biblioteca e área de convivência com lanchonete.
Sobre a Ilum Escola de Ciência
Com proposta inovadora na formação de futuros cientistas, a Ilum Escola de Ciência é uma iniciativa do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Organização Social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Sem fins lucrativos e gratuita para os alunos, a escola tem financiamento do Ministério da Educação (MEC) e abrirá sua primeira turma em 2022. Possui corpo docente altamente qualificado, formado por professores seniores e jovens pesquisadores com doutorado e pós-doutorado, e recebeu a nota máxima do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A escola possui uma infraestrutura de ponta, laboratórios com equipamentos modernos e um ambiente que estimula a inovação e a troca de conhecimento. O curso tem duração de três anos, em período integral. A metodologia de ensino é baseada no conceito de aprendizado ativo, em que os alunos são protagonistas de sua formação com a orientação dos professores. A escola oferece uma sólida formação científica, de forma multidisciplinar e interdisciplinar, capacitando seus alunos para atuarem em pesquisas de fronteira, em empresas privadas e órgãos públicos e como empreendedores, preparados para atender aos desafios impostos à ciência no cenário atual. Os alunos da Ilum têm acesso ao ambiente de pesquisa do CNPEM, onde poderão usar equipamentos para pesquisas avançadas e ter contato com seus pesquisadores. A Ilum privilegia ainda o ensino de disciplinas na área de humanidades para uma formação integral de seus alunos, baseada na ética e na cooperação na busca por respostas e soluções às questões globais do mundo moderno.
Sobre o CNPEM
Ambiente de pesquisa e desenvolvimento sofisticado e efervescente, único no País e presente em poucos polos científicos no mundo, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI). O Centro é constituído por quatro Laboratórios Nacionais e é berço do mais complexo projeto da ciência brasileira – o Sirius – uma das mais avançadas fontes de luz síncrotron do mundo. O CNPEM reúne equipes multitemáticas altamente especializadas, infraestruturas laboratoriais mundialmente competitivas e abertas à comunidade científica, linhas de pesquisa em áreas estratégicas, projetos inovadores em parcerias com o setor produtivo e ações de treinamento para pesquisadores e estudantes. O Centro constitui um ambiente movido pela busca de soluções com impacto nas áreas de saúde, energia, meio ambiente, novos materiais, entre outras. As competências singulares e complementares presentes no CNPEM impulsionam pesquisas e desenvolvimentos inovadores nas áreas de luz síncrotron; engenharia de aceleradores; descoberta de novos medicamentos, inclusive a partir de espécies vegetais da biodiversidade brasileira; desenvolvimento de processos bio e nanotecnológicos com foco na produção de materiais avançados para aplicações nos setores químico, de alimentos e bebidas, têxtil, petróleo e gás, defesa e aeroespacial; além de soluções biotecnológicas para o desenvolvimento sustentável de biocombustíveis avançados, bioquímicos e biomateriais.
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