11/02/2009 – O Povo Online
Orçado em US$ 200 milhões, o LNLS-2 teria 323 metros de circunferência, comparado aos 93 da máquina atual. A energia produzida seria quase o dobro: 2,5 bilhões de elétrons-volts
Cientistas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP), estão desenvolvendo um projeto para a construção de um novo acelerador de partículas, três vezes maior do que o atual. Orçado em US$ 200 milhões, o LNLS-2 teria 323 metros de circunferência, comparado aos 93 da máquina atual. A energia produzida seria quase o dobro: 2,5 bilhões de elétrons-volts.
O resultado, segundo os especialistas, será uma luz milhões de vezes mais brilhante e muito mais penetrante do que a atual, o que permitirá focalizar objetos menores e enxergar mais fundo dentro dos materiais. O LNLS funciona como um gigantesco e superpotente microscópio, cuja luz, produzida pela aceleração de elétrons num tubo de vácuo, permite aos pesquisadores estudar a estrutura molecular de materiais orgânicos e inorgânicos.
“Precisamos de ferramentas cada vez mais potentes para nos manter competitivos”, disse o diretor geral do LNLS, José Antônio Brum. ”Estimamos que dentro de 10 a 15 anos, o Brasil precisará de uma nova fonte de luz”.
O LNLS já recebeu R$ 2 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia para montar o projeto conceitual do novo acelerador. Se for aprovado, a construção começará em 2013 e as operações, em 2018.