Posto net em 22/10/15
O resultado de um estudo inédito feito pelo BNDES apontou que o custo de produção do etanol 2G – combustível de fonte limpa e renovável produzido a partir do bagaço e da palha da cana – ficará abaixo do de primeira geração (1G) em cinco anos.
Segundo o gerente setorial do Departamento de Biocombustíveis da instituição, Artur Yabe Milanez, o levantamento foi baseado em pesquisas de mercado e em entrevistas realizadas com mais de 30 empresas e especialistas. “Observamos na pesquisa que, em curto prazo, o potencial do etanol 2G é superior ao de primeira geração, apesar dos custos hoje ainda estarem equilibrados quando comparados”.
Ainda de acordo com o estudo, realizado com a colaboração do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), atualmente o custo de produção do litro de etanol 1G está próximo de R$ 1,10, enquanto o 2G, em R$ 1,50. Porém, com o desenvolvimento tecnológico e biotecnológico do setor, estes valores deverão ficar entre R$ 0,90 e R$ 0,70 e entre R$ 0,70 e R$ 0,50, respectivamente, até 2020.
A tecnologia também deve dobrar a quantidade de etanol 2G produzida por unidade, em relação ao etanol de 1ª geração, sem que seja preciso crescer igualmente a área plantada. “O rendimento do 2G pode chegar a 17 mil litros por hectare de cana, contra apenas 6,9 mil litros/ha no caso do 1G”, afirma Milanez.