O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, CNPEM é uma organização privada, sem fins lucrativos, supervisionada e financiada pelo MCTI, voltada à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico em áreas estratégicas como saúde, energia, biotecnologia e materiais renováveis. Seu protagonismo em pesquisa de ponta e a crescente demanda por soluções tecnológicas avançadas resultaram em uma sólida expertise na concepção e operação de complexas infraestruturas de pesquisa multiusuário. 

A atuação do CNPEM é desdobrada em inúmeras atividades que são organizadas por afinidade em quatro eixos de atuação: Instalações Abertas a Usuários Externos; Pesquisa e Desenvolvimento In-House; Apoio à Geração de Inovação e Treinamento, Educação e Extensão. Estes eixos são dinâmicos, interconectados e se realimentam. Três importantes pilares institucionais fundamentam a atuação do CNPEM: equipe de excelência formada ao longo de anos, modernas instalações científicas reunidas em um Campus único e modelo de gestão e cultura com foco em resultados.

As instalações abertas do CNPEM fornecem um sofisticado instrumental científico para pesquisas acadêmicas e industriais. Para pesquisas acadêmicas é necessário que o pesquisador submeta uma proposta de pesquisa via plataforma SAU Online sem custos ou taxa de inscrição. Veja mais aqui. Para empresas que desejam desenvolver P&D&I envolvendo propriedade intelectual ou uso comercial, diferentes modelos de interação são possíveis: acordos de cooperação; transferência tecnológica e licenciamento; prestação de serviços e demandas tecnológicas internas. Essas propostas devem ser encaminhadas para inovacao@cnpem.br.

Embora o uso das instalações seja gratuito, o CNPEM não oferece apoio financeiro para custos de viagem e acomodação. 

Sirius é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil, uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, utilizada para estudar a estrutura de materiais em escalas atômicas.

A luz síncrotron é uma radiação eletromagnética gerada quando partículas carregadas, como elétrons, são aceleradas a altas velocidades em um anel de síncrotron. Essa radiação possui uma ampla gama de comprimentos de onda, desde o infravermelho até os raios-X. Ela é usada para investigar a estrutura e as propriedades dos materiais com alta precisão. Aqui estão algumas de suas principais aplicações:

1. Análise de Estrutura de Materiais: A luz síncrotron pode ser utilizada para determinar a estrutura atômica e molecular de materiais, incluindo a identificação de arranjos cristalinos e a análise de compostos complexos.
2. Imagens de Alta Resolução: Permite a criação de imagens detalhadas de amostras em escalas nanométricas, essencial para estudar biomateriais, materiais avançados e dispositivos nanoestruturados.
3. Estudos de Dinâmica Molecular: Ajuda a entender a dinâmica de processos químicos e físicos, como reações químicas em tempo real e mudanças na estrutura de materiais sob diferentes condições.
4. Pesquisa em Biologia e Medicina: Utilizada para estudar biomoléculas, proteínas e outras estruturas biológicas em detalhes, contribuindo para o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias.
5. Investigação de Propriedades Físicas e Químicas: Permite o estudo de propriedades eletrônicas, magnéticas e ópticas de materiais, fornecendo insights sobre suas características e comportamentos.
6. Caracterização de Materiais Avançados: Usada para desenvolver e melhorar materiais avançados, como novos semicondutores, polímeros e compósitos, beneficiando indústrias de alta tecnologia e energia.

Em resumo, a luz sincrotron é uma ferramenta poderosa e versátil para a pesquisa científica, oferecendo informações detalhadas e precisas sobre uma ampla gama de materiais e processos.

.

O Sirius é focado em gerar e utilizar luz síncrotron para analisar materiais e estruturas em nível atômico e molecular. Serve principalmente a pesquisas em ciência dos materiais e biociências.

Já o CERN dedica-se à física de partículas, utiliza aceleradores para colidir partículas a altas energias e explorar a estrutura fundamental da matéria e as forças universais. A pesquisas concentram-se se em temas fundamentais sobre o universo.

.

O Sirius é financiado pelo Governo Federal através do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

No Sirius, a radiação eletromagnética é produzida pelo funcionamento de um acelerador de partículas, uma máquina que, ao ser desligada, deixa imediatamente de produzir radiação. Não há uso de material radioativo e, portanto, não existe risco de explosão ou de liberação desses materiais no meio ambiente. Assim, o programa de segurança radiológica do Sirius visa garantir a segurança das instalações por meio do controle de acesso a determinadas áreas, e segue normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) quanto a valores para a exposição à radiação, classificação de áreas e cumprimento de responsabilidades para segurança radiológica. Em geral, os controles adotados no Sirius são mais rigorosos do que os recomendados pelas normas. Todas as áreas acessíveis da instalação possuem níveis de radiação correspondentes à radiação natural, isto é, são consideradas áreas livres.

O Orion é um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos que estará à disposição da comunidade científica nacional e internacional focada na investigação de agentes patogênicos (vírus, bactérias, fungos) e seus efeitos para a saúde humana.

Saiba mais e tenha a resposta para mais dúvidas sobre o projeto acessando https://cnpem.br/orion/

O projeto Orion prevê instalações inéditas de máxima contenção biológica (NB4) na América Latina, e as primeiras do mundo conectadas a um acelerador de partículas, o Sirius. Também contará com laboratórios com níveis de biossegurança 2 e 3 (NB2 e NB3), laboratórios de pesquisa básica, técnicas analíticas e competências avançadas para imagens biológicas, como microscopias. 

Sim. As instalações de alta e máxima contenção do Orion passarão por certificação e manutenções periódicas obrigatórias, com redundância para garantir operação contínua. O projeto segue premissas rigorosas de construção para máxima segurança biológica. Paralelamente, o CNPEM conduz um programa inédito de capacitação em infraestruturas NB3 e NB4, formando profissionais em competências ainda pouco desenvolvidas no Brasil e América Latina. 

Para mais detalhes sobre as medidas de segurança tomadas desde a construção até operação do projeto Orion, acesse: 

https://cnpem.br/wp-content/uploads/2024/05/Orion_Edicao1_2024.pdf 

O CNPEM realiza eventos, visitas e tours guiados, especialmente em ocasiões como o Ciência Aberta e a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.Visite a página do Programa de visitas do CNPEM, e siga-nos nas redes sociais para saber as datas do próximo Ciência Aberta

https://cnpem.br/divulgacao/visite-cnpem/

O CNPEM colabora com o setor produtivo por meio de parcerias em projetos de pesquisa, desenvolvimento de tecnologias inovadoras e soluções para áreas como biotecnologia, saúde e materiais renováveis. 
Em 2023, lançou o PACE – Programa de Aceleração de Deeptechs do CNPEM, um programa inédito no país, que oferece apoio técnico especializado e infraestrutura de P&D de ponta do CNPEM, sem custo, para startups brasileiras com projetos que tenham aderência às áreas de atuação, competências e instalações do Centro. 
Saiba mais em https://cnpem.br/inovacao/pace/#!/programa 

Sim, o CNPEM promove atividades educacionais por meio da Ilum Escola de Ciência, que oferece um curso superior gratuito em Ciência e Tecnologia, além de treinamentos e workshops em áreas científicas. 

• Sim, os alunos não pagam mensalidade durante todo o período do curso. Além disso, fazem parte dos benefícios oferecidos a todos os alunos:  

• Moradia gratuita em quitinetes equipadas com cama, fogão, geladeira, lavanderia e ar-condicionado (para moradores de Campinas, o acesso a este benefício deve ser justificado). 

• Transporte gratuito entre a moradia e a Ilum, e para o CNPEM durante o período de aulas. 

• Vale refeição para almoço durante o período de aulas/atividades na Ilum. 

• Cartão alimentação para auxílio nas demais refeições (para moradores de Campinas o acesso a este benefício deve ser justificado). 

• Laptop de última geração para uso pessoal exclusivo durante todo o período do curso, com todos os softwares necessários para as atividades acadêmicas instalados. 

• Curso de inglês gratuito. 

• Apoio psicológico especializado. 

• Possibilidade de custeio da viagem do local de origem para Campinas para início do ano letivo. 

A Ilum Escola de Ciência oferece o curso de bacharelado integral, em Ciência e Tecnologia (nível superior), com a duração de três anos, autorizado pelo MEC e com nota máxima do Inep (5). 

Saiba mais em https://ilum.cnpem.br/ 

Se você é professor/a de ensino médio, conheça a ESPEM, A Escola Sirius para Professores do Ensino Médio. Os participantes se tornam novamente alunos por uma semana em uma experiência de imersão na atmosfera de pesquisa de ponta do CNPEM. Por meio de seminários, aulas expositivas, mesas redondas e trocas de experiências, professores são motivados a levar conceitos da ciência moderna para as salas de aula onde atuam, atualizando suas práticas. 

1. PUE – Programa Unificado de Estágios: para estágios em nível técnico e de graduação em diversas áreas. 

1. PBV – Programa Bolsas de Verão: imersão em projetos de pesquisa para graduandos do Brasil e América Latina, nos meses de janeiro e fevereiro. 

1. PIBIC: bolsas CNPq para graduandos focados em resolver desafios científicos. 

1. ER2LS – Escola Ricardo Rodrigues de Luz Síncrotron: capacitação em técnicas de luz síncrotron, aberta a estudantes da graduação e pós-graduação.