Representantes de 15 empresas da área de saúde, engenharia, automação, construção civil, tecnologia da informação, papel e celulose visitaram hoje o CNPEM no programa de visitas “Roadshow Inovação na Prática” promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O objetivo é aumentar a produtividade e a competitividade das empresas brasileiras por meio de parcerias com as unidades EMBRAPII, que são centros de referência em pesquisa e desenvolvimento no Brasil, por meio de um modelo ágil, flexível e adequado às necessidades da inovação.
Comitiva das empresas que visitou o CNPEM em programa promovido pela EMBRAPII e pela Fiesp |
Foto: Viviane Celente/CNPEM
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O CNPEM é credenciado como Unidade EMBRAPII Biomassa para executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de processamento de biomassa em cooperação com empresas do setor industrial. “Ser uma Unidade EMBRAPII significa que temos um selo de excelência, que somos reconhecidos pela excelência em trabalhos com empresas e pela capacidade científica e tecnológica”, afirma o coordenador em Inovação e da Unidade EMBRAPII Biomassa do Centro, Eduardo Couto. Essa qualificação possibilita o CNPEM trabalhar dentro de um modelo de financiamento flexível e ágil que permita transferência de tecnologia dos centros de pesquisa para as empresas. Compartilhando os riscos dos projetos com as empresas, o objetivo é estimular o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.
Credenciado pela EMBRAPII desde de 2014, o CNPEM já possui até 33% de recursos não reembolsáveis para realizar projetos pré-competitivos de pesquisa e desenvolvimento. “É uma fase intermediaria, que não é pesquisa básica e também não é comercialização, e é uma etapa muito difícil de alguém colocar dinheiro, porque o risco é muito alto, pode dar muito errado”, explica Couto. O restante do valor é repartido entre o CNPEM e a empresa. Com isso, o risco da pesquisa é compartilhado, assim como o sucesso. Trata-se de um modelo de cooperação ágil e flexível, porque pressupõe que alguma coisa pode dar errado. “O fato de dar errado não significa que foi mal planejado, mas porque você está com um desafio técnico científico muito complexo e, muitas vezes, realmente, não tem a solução que você achava que tinha e é por isso que é de risco. Então a EMBRAPII atua com inovação na veia mesmo, onde é difícil atuar”, conclui o coordenador.
Os quatro Laboratórios Nacionais que integram o CNPEM possuem competências aderentes às linhas de atuação da Unidade Biomassa, a qual espera ter impacto em diversos setores, como de energia, cosméticos, farmacêutico, químico, aeronáutico, automotivo, alimentício, construção civil, entre outros.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Localizado em Campinas-SP, possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país.