Revista Metrópole, em 02/12/2012
É a vez do Brasil. Ao menos é o que demonstram os números levantados pela EducationUSA, entidade que auxilia alunos de outros países a obterem uma vaga no sistema de ensino superior dos Estados Unidos. Segundo a entidade, há 8.777 brasileiros cursando graduação e pós-graduação naquele país. O Brasil ocupa a 14ª posição no ranking entre as nações com estudantes nas instituições norte-americanas e eles querem mais. A ideia da EducationUSA é triplicar este número o mais breve possível.
Na outra parte norte das Américas é cada vez maior o número de estudantes brasileiros. Quando se fala em ensino superior, uma das iniciativas que promete alavancar ainda mais o intercâmbio entre Brasil e Estados Unidos é a vinda de uma das universidades mais prestigiadas do mundo, a Massachusetts Institute of Technology (MIT), para Campinas e São José dos Campos, locais onde instalará centros de pesquisas.
Em Campinas o MIT trabalhará na formação de engenheiros e apoiará projetos de pesquisa e inovação. O MIT Center funcionará próximo à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que abriga também laboratórios nacionais como o de Luz Síncrotron (LNLS), de Biociências (LNBio), de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e de Nanotecnologia (LNNano).
A iniciativa do MIT Center é do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e busca aumentar a participação internacional do País no desenvolvimento da pesquisa e da inovação, envolvendo estudiosos de universidades e de empresas públicas e privadas. O pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, Ronaldo Aloíse Pilli, está otimista com o projeto. “Esperamos com muita expectativa o inicio do funcionamento do centro, pois trará benefícios mútuos, aos nossos programas e aos nossos alunos, que poderão contar com colaboração internacional duradoura do mais alto nível. Temos muito a aprender e espero grandes benefícios. A Unicamp é a parceira mais importante do CNPEM, temos um grande número de professores trabalhando em colaboração e utilizando as instalações”, destaca Pilli.
Antes de escolhida, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) passou por uma concorrência. Segundo Pilli, os números da Unicamp contaram muito para essa escolha. “A universidade é uma das três maiores da América Latina e a que tem maior produção científica per capita do Brasil (levando em conta o número de trabalhos científicos produzidos anualmente e o número de pesquisadores). Além disso, lidera a produção de patentes, ficando atrás apenas da Petrobras, e possui a melhor média na pós-graduação, de acordo com avaliação da Capes. Tudo isso pesou na escolha da região”, defende.