Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado de São Paulo, em 10/04/2013
No total, serão investidos R$ 23,4 milhões para a desapropriação de área com 150 mil m², localizada no Polo Tecnológico Ciatec II, já declarada como terreno de utilidade pública pelo Governo Paulista. O novo centro de pesquisas contará com um acelerador, onde a radiação será produzida, e um conjunto de estações experimentais para a realização de testes. No local serão desenvolvidos estudos nas áreas de materiais, biologia molecular e nanotecnologia, beneficiando empresas nos setores de fármacos, energia, microeletrônica, petroquímica, metalurgia, cosméticos, alimentos e outras.
O acelerador de elétrons do Projeto Sirius está sendo projetado para que sua fonte seja uma das melhores do mundo o que deverá elevar a qualidade dos experimentos e dos serviços prestados. Sua construção e dos seus principais equipamentos serão brasileiros e inclui inovações tecnológicas que reduzirão os investimentos e o consumo de energia necessária para a operação, aumentando a confiabilidade de seus resultados.
De acordo com o secretário Quadrelli, o laboratório será usado para pesquisas científicas que vão desde a busca por medicamentos contra o câncer até o desenvolvimento de materiais utilizados para extrair petróleo. “Ele também será um meio para o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores nacionais e internacionais, o que fortalecerá a pesquisa científica brasileira”, acrescenta.
Sobre o Projeto Sirius
Em 1987, foi inaugurado no mesmo território, em Campinas, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), trabalhando com uma luz síncrotron de segunda geração. Desde o final dos anos 90, a utilização do espaço por empresas nacionais mais que dobrou. Atualmente as instalações do LNLS são usadas por cerca de 2,7 mil pesquisadores, empenhados em mais de 500 estudos que já resultam em aproximadamente 250 artigos publicados em revistas científicas.
A tecnologia utilizada nos países da Europa é a de luz síncrotron de terceira geração, que possui praticamente o triplo da capacidade da usada atualmente no Brasil. Por ser um laboratório bastante utilizado por diversas empresas para seus experimentos, existe uma grande dificuldade em emplacar alguns estudos brasileiros nos laboratórios exteriores. A implantação de uma estrutura dessas no Brasil auxiliaria as empresas nacionais a elaborar as suas pesquisas com mais eficácia e agilidade.
Analisando essa grande demanda, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais-CNPEM realizou o Projeto Sirius, que prevê a implantação de um laboratório que traz a inovação da terceira geração. Essa nova estrutura prestará serviços para diversas empresas, entre elas, Petrobrás, Oxiteno, Natura, Braskem e etc.