ECO Educacional em 14/março
A cana-de-açúcar é uma das matérias-primas mais usadas na indústria nacional, para produção de açúcar e etanol. Mas o insumo da planta também está sendo fundamental no uso de geração de energia limpa. Os pesquisadores do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) lideram um projeto para ampliar a produção de energia elétrica a partir da palha.
A palha da cana-de-açúcar é recolhida durante a colheita da cana sem queima, que gera baixa emissão de gases de efeito estufa. Segundo dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, são gerados, em média, 20,2 terawwats-hora de energia por ano. Apenas metade desse volume é consumida pelas usinas, enquanto a outra metade é exportada para o sistema elétrico nacional.
No entanto, especialistas apontam que é possível aumentar a produção de energia em até sete vezes mais. Por isso, a equipe do CTBE, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), trabalha na identificação e solução dos problemas que dificultam a geração de eletricidade pelas usinas de maneira plena e sistemática. Atualmente, o Brasil é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo.
Serão duas fases de estudos do projeto. A primeira será focada em desenvolver soluções para ampliar a geração de energia, para estudar a viabilidade do investimento de coleta e processamento da palha. Já na segunda fase, será realizada a análise de viabilidade técnico-econômica em outras usinas.
As ações fazem parte do projeto Sugarcane Renewable Electricity, que é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente e gerido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que iniciou em 2015 com um investimento de US$ 67,5 milhões.