Unifei, junho 2016
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, aprovou que a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), através do seu Núcleo de Excelência em Geração Termelétrica e Distribuída (Nest), do Instituto de Engenharia Mecânica coordene o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em “Desenvolvimento de tecnologia, avaliação termodinâmica e de sustentabilidade para a conversão energética de biomassa e resíduos”.
O INCT é formado por grupos de pesquisas consolidados de oito universidades e centros de pesquisa. A coordenação ficará a cargo do Nest/ Unifei através de um comitê gestor com representantes dos grupos de pesquisas participantes.
Além do Nest, coordenado pelo professor Electo Silva Lora, que também será o coordenador do INCT, são integrantes o Grupo de Otimização de Sistemas Energéticos – GOSE e Instituto de Pesquisa em BIOENERGIA (IPBEN), Faculdade de Engenharia/ Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus Guaratinguetá; a Divisão de Avaliação Integrada de Biorrefinarias – PAT, Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol – CTBE; DEQ/UFSM, Departamento de Engenharia Química e CENERGIA, Comitê de Energia e Sustentabilidade, da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; FEM/UNICAMP, Faculdade de Engenharia Mecânica –FEM, Universidade Estadual de Campinas; Laboratório de Engenharia Térmica – LET, Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, Universidade de São Paulo – USP; GQMAE/UFAL – Grupo Qualidade, Meio Ambiente e Energia – GQMAE, Universidade Federal de Alagoas-UFA; GEANEX/UFPR – GEANEX – Grupo de estudos avançados em energia e termoeconomia para estratégias de desenvolvimento. No total participam deste INCT 66 pesquisadores, sete deles bolsistas de produtividade do CNPq, autores de 451 artigos em revistas indexadas.
O programa do Instituto está centrado nas pesquisas cientificas e desenvolvimento de tecnologia em conversão energética de biomassa para geração de eletricidade e produção de biocombustíveis, fazendo ênfase no conceito de biorefinarias. Incluem-se tecnologias de produção de biocombustíveis de primeira, segunda e terceira geração, tanto pela rota bioquímica e termoquímica.
A metodologia deste INCT vai desde estudos experimentais dos processos fundamentais, em paralelo com a modelagem, passado logo para estudos em nível de planta piloto e de protótipos.
As duas etapas subsequentes preveem a otimização termodinâmica através de indicadores de desempenho e a avaliação de sustentabilidade mediante a utilização da ACV.
Finalmente é dada ênfase na formação de recursos humanos e na divulgação dos resultados do projeto. Tudo isto implementado através de sete metas. O INCT possui um forte viés tecnológico já que partindo de dados de testes laboratoriais e modelagem matemática de processos se chega ao projeto e testes de plantas pilotos e protótipos.
Como resultado da operacionalização do INCT terão os seguintes produtos:
– Plantas pilotos: pirólise de resíduos sólidos e materiais lignocelulósicos, Bioetanol em pequena escala, Gaseificação de RSU, Biodigestão de vinhaças, Fermentação de bio-óleos de pirólise.
– Protótipos: Cogeração motor Stirling/refrigeração por absorção operando com combustão de biomassa, Gaseificador/microturbina a gás e Microgerador a biomassa com ciclo a vapor e turbina radial.
– Publicação de 107 artigos em revistas indexadas, 128 trabalhos em anais de congressos, 10 livros e 6 patentes.
– Realização de três edições das conferencias internacionais CLAGTEE e CEURER.
– Formação de 47 doutores e 75 mestres.
Após a conclusão do projeto o Brasil contará com:
– Conhecimento profundo da natureza dos processos primários da conversão energética da biomassa, dos parâmetros de desempenho e da sua otimização.
– Vários protótipos e plantas piloto testados em várias das tecnologias indicadas.
– Modelos, resultados de testes e documentação tecnológica para a fabricação de sistemas de geração de eletricidade em pequena escala a partir da biomassa.
– Resultados da avaliação das possibilidades de implementação do conceito de biorefinarias nas indústrias de produção de biocombustíveis hoje existentes.
– Metodologia e resultados da integração de diferentes processos relacionados com o uso da biomassa para a geração de eletricidade e produção de biocombustíveis a escala industrial.
– Metodologia e resultados da avaliação termodinâmica, econômica e de sustentabilidade de diferentes rotas e processos o que permitirá indicar as opções mais perspectivas para as condições do Brasil.
– Formação de dezenas de especialistas de alta qualificação nos temas de geração de eletricidade e produção de biocombustíveis a partir da biomassa