Assessoria de Comunicação, em 25/02/2011
Os 10 estudantes de graduação selecionados no 200 Programa Bolsas de Verão conheceram ontem, 06/01, os pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) que serão seus orientadores durante os meses de janeiro e fevereiro.
Três vieram da Federal de Pernambuco, dois da Universidade Federal de Viçosa, mais UNESP, Federais da Paraíba e Paraná, um da Colômbia e outro do Chile. Os alunos dos cursos de Biologia, Bioquímica, Engenharia Biotecnológica e Biomedicina chegaram ontem e receberam instruções gerais sobre o campus. Hoje cada um teve a primeira conversa com seu orientador.
Entre os nove pesquisadores que orientarão os alunos no LNBio, há ex-bolsistas. Juliana Smetana cursava o terceiro ano da graduação em Biologia na Unicamp quando foi bolsista de verão em 2003. E lembra bem a ansiedade na chegada. “A pressão é grande porque o estudante não sabe previamente o tema do projeto e tem pouco tempo para estudar e cumprir todas as tarefas. Logo na segunda semana já tem que fazer uma apresentação de 10 minutos sobre o projeto. Há ainda outra apresentação ao final e a elaboração de um relatório.”
Desde então Juliana não saiu mais do LNBio. Ao término da bolsa de verão, fez iniciação científica, doutorado direto e pós-doutorado. Ela é a orientadora do colombiano Maicol Bedoya em projeto que aborda caracterização e purificação de proteínas e ensaios preliminares de interação por ressonância magnética nuclear.
O aluno de Biologia da Universidad de Antioquia, em Medellin, soube do programa navegando num site argentino de divulgação de bolsas. “Resolvi me candidatar porque tenho interesse em aprofundar o estudo da biologia molecular. Vi que seria no Brasil e pensei: por que não?” Há quatro dias no país, Maicol não tem dúvida da importância desta temporada no LNBio para sua carreira: “Fiquei muito contente de ser selecionado. Ao concluir a graduação na Colômbia, pretendo fazer mestrado, doutorado e esta oportunidade vai contar muito.” Sua orientadora, Juliana, concorda por experiência própria: “Valorizo o programa, ele mudou minha vida”.
Do total de 20 universitários aceitos para a edição de 2011, sete ficarão no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e três no Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). Entre eles há mais dois estrangeiros, da Argentina e Costa Rica.
O Programa Bolsas de Verão, organizado pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) foi criado em 1991 e realizado pela primeira vez em 1992, pelo LNLS. Desde então, 210 bolsistas participaram do Programa, que tem o objetivo de estimular vocações para a atividade científica e tecnológica. Cada estudante tem a missão de realizar um projeto científico, que é proposto por um pesquisador-orientador, e apresentar resultados ao final de 55 dias de trabalho.
Para concorrer às vagas deste ano inscreveram-se 330 estudantes, 197 do Brasil e 133 de outros países da América Latina e Caribe. Os critérios de seleção são currículo e desempenho acadêmico. Para realizar o Programa, o CNPEM recebe apoio parcial do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Centro Latino Americano de Física (CLAF).