Portal Anpei, 28 de julho de 2017
As parcerias entre empresas inovadoras nacionais e instituições científicas e tecnológicas (ICTs) são estabelecidas em diferentes formatos, que podem se estender desde acordos de cooperação com desenvolvimento conjunto, até o fornecimento de itens tecnológicos de alta qualidade e precisão.
Um bom exemplo de interação ICT-Empresa – tema do Comitê mais antigo da Anpei, que está completando 10 anos em 2017 – são os diferentes tipos de cooperação e contratos de fornecimento de itens tecnológicos realizados no âmbito do Projeto Sirius, do Laboratório Nacional de Luz Sincrotron, que envolveram mais de 200 empresas brasileiras, de pequeno, médio e grande porte somente em 2016.
Dentre elas, cerca de 40 empresas têm trabalhado em desenvolvimentos tecnológicos especialmente para o projeto, como a WEG, associada à Anpei, que atua na produção dos eletroímãs que aceleram a luz sincrotron.
A saber, o Sirius é uma fonte de luz sincrotron de quarta geração, planejada para ser uma das mais avançadas do mundo, que abrirá novas perspectivas de pesquisa em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras.
De acordo com Milton Castella, diretor de tecnologia e inovação da WEG, as parcerias estão no DNA da empresa. Inclusive, o gerente do departamento de pesquisa e inovação tecnológica da WEG, Sebastião Nau, é o diretor padrinho do Comitê de Interação ICT-Empresa da Anpei. “
Temos muitos projetos em andamento com universidades federais e internacionais e institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Também temos um comitê científico e tecnológico, no qual, periodicamente, trazemos pesquisadores especialistas nos assuntos que temos interesse para debater em conjunto”, disse Castella, que demonstrou muita satisfação em participar do Sirius.
De acordo com ele, a WEG já forneceu mais de 300 peças para a construção do laboratório, e serão entregues mais de mil no decorrer das demais fases. “No início foi desafiador, apesar de o desenvolvimento do produto ser similar aos nossos. É necessária muita precisão na fabricação, mas como temos competência para isso, com um departamento de P&D muito forte no processo produtivo e com ferramentaria bastante desenvolvida, ficamos lisonjeados em participar desse projeto”, apontou o diretor, que também ressaltou a importância do processo interno verticalizado, com interação entre as equipes.
Segundo Castella, esse tipo de parceria fortalece a pesquisa nas empresas e ajuda a criação de alternativas internas. “Precisamos sair sempre da nossa zona de conforto. Para a WEG, é muito importante participar da construção de um dos laboratórios mais importante do país e que irá auxiliar diversos setores; ainda mais com tecnologia nacional”.
Essa parceria inicial já está fortalecendo o networking da empresa, que estuda a utilização do Sirius quando o laboratório estiver pronto.