MCTIC, 15/02/2018
O Projeto Sirius é um marco que vai colocar o Brasil na vanguarda da ciência e tecnologia mundiais. A afirmação foi feita pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, nesta quinta-feira (15), durante visita do presidente da República, Michel Temer, às obras do empreendimento, em Campinas (SP). A nova fonte de luz síncrotron brasileira está em construção no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Durante o evento, foi assinado o 22° Termo Aditivo ao Contrato de Gestão, que prevê o repasse de R$ 218 milhões para Sirius neste ano.
“O governo federal e o ministério trabalham para que a ciência e a tecnologia do Brasil tenham o desenvolvimento adequado e coloquem o país na fronteira do conhecimento”, destacou Kassab.
Segundo ele, o Sirius é uma prioridade e deverá começar a funcionar ainda em 2018, consolidando a região de Campinas como um grande polo de tecnologia no país. O projeto é financiado com recursos do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e também integra o programa “Avançar”, do governo federal.
Durante sua visita ao CNPEM, onde conheceu a grandiosidade do projeto, o presidente Temer destacou que o Sirius deve ser motivo de orgulho para os brasileiros. “Acabamos de conhecer um projeto extraordinário, com tecnologia avançadíssima. Isso revela as potencialidades do país”, declarou.
O Sirius é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no país e uma das maiores do mundo. A nova fonte de luz síncrotron permitirá a realização de experimentos em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física e ciências ambientais, além de contribuir para a internacionalização da ciência brasileira, por meio do aumento da presença de estrangeiros entre os usuários.
Inauguração
A expectativa é que a primeira volta de elétrons no acelerador do Sirius ocorra em agosto deste ano e a abertura para pesquisadores de todo país e do mundo deve acontecer em 2020. As obras civis tiveram início em janeiro de 2015 e mais de 80% da infraestrutura já foi concluída. Com relação aos equipamentos, cerca de 80% também já estão prontos.
A nova fonte de luz síncrotron tem em seu coração um acelerador de elétrons de última geração, é projetada para produzir um tipo de radiação eletromagnética que inclui desde a luz infravermelha até os raios X. A luz síncrotron é utilizada na análise estrutural dos mais diversos materiais, pois consegue atravessar as amostras e revelar as informações a respeito dos materiais investigados, no nível dos seus átomos e moléculas.