O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) é uma instituição de pesquisa em física, biologia estrutural e nanotecnologia, que desenvolve projetos nas áreas de Física, Química, Engenharia, Meio Ambiente e Ciências da Vida. O laboratório foi projetado em 1983, entrou em funcionamento em 1997 e está localizado em Campinas/SP.
O LNLS possui um acelerador de partículas síncrotron, que é usado como fonte de luz, pioneiro desse gênero no hemisfério sul, sendo projetado e construído no Brasil. Com instalações abertas, oferece uma infraestrutura extremamente sofisticada para pesquisadores acadêmicos e industriais, brasileiros e estrangeiros, que pode ser utilizada simultaneamente por vários grupos de pesquisa e que opera 24 horas por dia (https://lnls.cnpem.staging.wpengine.com/).
No período de 19 a 21 de fevereiro de 2017, pesquisadores da MANTOVA e da Universidade de Caxias do Sul (UCS) estudaram novas tecnologias em elastômeros termoplásticos. Foram realizados experimentos utilizando uma das linhas de SAXS (small-angle X-ray scattering) do LNLS, técnica utilizada para estudo da matéria em nanoescala (faixa de 1 nm a 0,1 μm), fornecendo informações sobre tamanhos, formas, distribuições e dinâmicas estruturais.
O objetivo da MANTOVA nesta etapa do trabalho foi o de avaliar uma série de grades de TPU (poliuretano termoplástico) com propriedades específicas de viscosidade, elasticidade, transparência, resistência mecânica e química. Validando os resultados de cristalinidade através do uso desta técnica, estes materiais serão futuramente aplicados na produção de tubos pneumáticos e revestimentos de alta durabilidade, buscando desta forma melhorar continuamente os requisitos de qualidade dos seus produtos.
De acordo com o pesquisador Prof. Dr. Otávio Bianchi da UCS, a participação da MANTOVA é fundamental no fomento de materiais e equipamentos, permitindo a viabilização de projetos voltados a área de polímeros, através das informações de problemas reais oriundos de questões de campo (clientes finais), que direcionam o foco da pesquisa. De outra forma, o meio acadêmico contribui na investigação científica da estrutura dos materiais, resolvendo problemas de forma inovadora na indústria.