CanaOnline, 4 de setembro/2017
Sensores identificam as propriedades do solo e leem e enxergam variabilidades nutricionais da planta
Uma tecnologia que pode auxiliar na identificação da variação do solo acaba de chegar ao mercado nacional. Trata-se de um sensor de condutividade elétrica aparente do solo, que identifica as propriedades do solo, por meio da corrente elétrica emitida e captada pelo equipamento. “A corrente elétrica emitida por esse sensor é influenciada pelas propriedades daquele solo. Uma superfície mais condutiva indica um solo mais argiloso, pois, por possuir partículas menores, estas são mais agregadas e, com isso, conduzem melhor a eletricidade”, exemplifica. Essa tecnologia permite gerar um mapa de condutividade elétrica aparente do solo, auxiliando na identificação das características de fertilidade de cada área e apontando zonas de manejo específicas. “Esses sensores possuem padrões espaciais e temporais muito bons, ou seja, não precisarei utilizá-los todos os anos, mas sim, a cada cinco anos aproximadamente. Além disso, sua aplicação é rápida, mapeando 100 hectares em apenas oito horas.”
Entretanto, Sanches explica que esses sensores não darão informações diretas sobre a fertilidade da lavoura, mas sim, ajudarão no manejo de forma indireta. “Na verdade, ele dará uma ideia da variabilidade que existe e, dessa forma, auxiliará o processo de amostragem de solo, que será feito posteriormente e de forma muito mais eficiente.”
Outra tecnologia parecida e que também começa a ganhar o mercado nacional são os sensores de refletância da planta, que identificam o vigor vegetativo da cultura a partir da coloração da cana-de-açúcar, auxiliando assim na definição do manejo correto para cada área. A partir dos dados obtidos com esse equipamento, é possível criar um mapa do vigor vegetativo da cultura e, unindo a outros fatores, aplicar tratamentos diferenciados para cada região.
Em estudo realizado pelo CTBE, com a utilização do sensor de refletância da planta e conhecimentos agrônomos, foi possível elaborar um mapa do estado nutricional da lavoura e obter uma economia de cerca de 9,5 toneladas de nitrato de amônio, um adubo nitrogenado utilizado como fertilizante nos canaviais.
Veja matéria completa na editoria Especial Inovação na edição 45 da revista Digital CanaOnline. No site www.canaonline.com.br você pode visualizar as edições da revista ou baixar grátis o pdf.