Revista RPA News, em julho de 2016
Um grupo de pesquisa do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) propõe uma nova rota tecnológica para a produção de biocombustíveis oxigenados (álcool alifático de cadeia maior que o etanol) a partir da biomassa da cana-de-açúcar. O processo permite o alongamento da cadeia carbônica do etanol, conferindo maior afinidade com combustíveis fósseis, como gasolina e diesel.
O novo desenvolvimento é base do projeto Eureka, que vem apresentando bons resultados preliminares com impactos diretos positivos, como aumento de rendimento de conversão de carboidratos em biocombustível e aumento do poder calorífico do biocombustível. Atualmente, o grupo finalizou a prova de conceito dessa rota e procura parceiros para o desenvolvimento completo do produto. Sendo complementar ao etanol, com potencial de substituição e baseado na biomassa da cana-de-açúcar, o novo combustível possui estrutura química que aumenta a sua afinidade a hidrocarbonetos.
Os testes iniciais mostram que a rota tecnológica adotada, que é uma rota híbrida, pois tem passos bioquímicos e passos de catalise química heterogênea, apresentou uma vantagem imediata: muito baixa produção de gás carbônico quando comparada à produção de etanol.