Investe São Paulo, em 10/04/2013
Governo do Estado investirá R$ 23,4 milhões na desapropriação de terreno de 150 mil m², em área que abrigará o novo empreendimento
O governador Geraldo Alckmin, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia em exercício, Luiz Carlos Quadrelli, assinaram nesta terça-feira, 9, em Campinas, o protocolo de intenções com o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que visa a desapropriação de terreno para a construção e montagem de um novo Laboratório de Luz Síncrotron de terceira geração – Projeto Sirius.
No total, serão investidos R$ 23,4 milhões para a desapropriação de área com 150 mil m², localizada no Polo Tecnologico Ciatec II, já declarada como terreno de utilidade pública pelo Governo do Estado. O novo centro de pesquisas contará com um acelerador, onde a radiação será produzida, e um conjunto de estações experimentais para a realização de testes. “Todo esse trabalho com aceleração de elétrons tem importância na química, na medicina, na farmacologia, no tratamento de câncer, petróleo, pré-sal, enfim, inúmeras atividades, que colaboram para consolidar a imagem de Campinas como um grande centro de pesquisa e desenvolvimento”, afirmou Alckmin.
O acelerador de elétrons do Projeto Sirius está sendo projetado para que sua fonte seja uma das melhores do mundo, o que deverá elevar a qualidade dos experimentos e dos serviços prestados. Sua construção e dos seus principais equipamentos serão brasileiros e inclui inovações tecnológicas que reduzirão os investimentos e o consumo de energia necessária para a operação, aumentando a confiabilidade de seus resultados.
De acordo com o secretário Quadrelli, o laboratório será usado para pesquisas científicas que vão desde a busca por medicamentos contra o câncer até o desenvolvimento de materiais utilizados para extrair petróleo. “Ele também será um meio para o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores nacionais e internacionais, o que fortalecerá a pesquisa científica brasileira”, acrescenta.
Sobre o Projeto Sirius
Em 1987, foi inaugurado no mesmo território, em Campinas, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), trabalhando com uma luz síncrotron de segunda geração. Desde o final dos anos 90, a utilização do espaço por empresas nacionais mais que dobrou. Atualmente, as instalações do LNLS são usadas por cerca de 2,7 mil pesquisadores, empenhados em mais de 500 estudos que já resultam em aproximadamente 250 artigos publicados em revistas científicas.
A tecnologia utilizada nos países da Europa é a de luz síncrotron de terceira geração, que possui praticamente o triplo da capacidade da usada atualmente no Brasil. Por ser um laboratório bastante utilizado por diversas empresas para seus experimentos, existe uma grande dificuldade em emplacar alguns estudos brasileiros nos laboratórios do exterior. A implantação de uma estrutura dessas no Brasil auxiliaria as empresas nacionais a elaborar as suas pesquisas com mais eficácia e agilidade.
Analisando essa grande demanda, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais – CNPEM realizou o Projeto Sirius, que prevê a implantação de um laboratório que traz a inovação da terceira geração. Essa nova estrutura prestará serviços para diversas empresas, entre elas, Petrobrás, Oxiteno, Natura e Braskem.