Portal MCTI, em 21/06/2012
Durante encontro entre a presidenta Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, nesta quinta-feira (21), na Rio+20, os governos brasileiro e chinês elevaram o nível de sua parceria para “estratégica global”. Eles assinaram acordos no âmbito do Plano Decenal de Cooperação 2012-2021, nas áreas de ciência, tecnologia, inovação, cooperação espacial, energia, mineração, infraestrutura, transporte, indústria, financeira, econômico-comercial, cultural, educacional e intercâmbio entre sociedades civis.
Os dois mandatários ratificaram que a ênfase ao plano está diretamente ligada à cooperação nos setores da ciência, tecnologia e inovação, considerada fundamental para a promoção do bem-estar de seus povos e a inserção internacional adequada de ambos os países na economia do conhecimento. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, participou da assinatura.
As novas iniciativas conjuntas englobam segmentos como nanociência e nanotecnologia, meteorologia, meio ambiente, mudanças do clima, tecnologias do bambu, energias limpas, renováveis e economia verde, biotecnologia e tecnologias agrícolas, tecnologia da informação e das comunicações (TICs) e promoção do diálogo entre parques tecnológicos, com vistas a associações entre pequenas e médias empresas de base tecnológica de ambos os países.
A assinatura dos acordos estabelece a criação dos centros virtuais conjuntos Brasil-China de Satélites Meteorológicos e de Biotecnologia, que poderão contemplar atividades de pesquisa conjunta em áreas como informação meteorológica, alerta sobre desastres naturais, biomedicina, bioinformática e biomateriais.
Satélites
No encontro, as autoridades confirmaram a decisão de ampliar os esforços conjuntos com vistas ao lançamento dos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres CBers-03, em 2012, e CBers-04, em 2014, e concordaram quanto ao interesse em estimular o trabalho conjunto para a distribuição internacional dos dados daqueles satélites.
A colaboração se estende ao Programa Ciência Sem Fronteiras (CsF). Inicialmente, cerca de 200 bolsas de estudo, destinadas para estudantes e pesquisadores brasileiros, devem ser disponibilizadas pelo governo chinês, isentas de mensalidades e taxas de matrícula. O acordo prevê ainda, que universidades brasileiras ofereçam aulas de mandarim, e as chinesas, o português.
Confira os atos assinados e o comunicado conjunto dos dois países.
Acompanhe a participação do MCTI na Rio+20.
Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI