A sétima edição do Workshop on Second Generation Bioethanol and Biorefining se despediu do público na última quinta-feira, 30, com uma mesa redonda diversificada e rigorosa. Mas antes disso, os highlights ao longo do dia foram inúmeros.
O corpo de palestrantes do último dia do evento teve, na sessão de Biomateriais, Orlando Rojas (Aalto University) discutindo o desenvolvimento de bioprodutos lignocelulósicos avançados. Em seguida, Valdeir Arantes (USP) trouxe detalhes sobre nanocristais, abrindo espaço para a apresentação de Juliana Bernardes (LNNano) que apresentou experiências com nanofibras celulósicas extraídas do bagaço de cana-de-açúcar.
No bloco de Química Verde, Carolina Grassi, coordenadora associada das Divisões Agrícola e Molecular do CTBE, trouxe comentários sobre como a Biotecnologia pode contribuir na captura de CO2 nos químicos renováveis, sem deixar de lado o foco de sua apresentação: iniciativas para tornar viável a fermentação de n-butanol.
João Cherubim (Amyris) trouxe insights sobre o desenvolvimento de um novo adoçante substituto do açúcar, enquanto Gabriel Gorescu (Solvay) se mostrou convencido de que a biotecnologia irá substituir boa parte dos produtos feitos pela química dos dias atuais — em breve.
José Pradella (Braskem) avisou que o objetivo da companhia está no desenvolvimento de tecnologias competitivas que permitam a expansão de químicos de renováveis, além do lançamento do que pode vir a ser a primeira planta industrial de biopolímeros, no Rio Grande do Sul.
O painel Biorrefinarias 2G foi aberto com o coordenador da Divisão Industrial do CTBE, Daniel Atala, apresentando diagramas robustos que podem vir a reduzir drasticamente a emissão de CO2 na atmosfera, além de revelar esquemas para automatização de usinas de etanol, pensando nas possibilidades de uma “Usina 365”.
Antônio Stuchi fez uma bela apresentação do cenário produtivo de E2G na Raízen, abordando os processos utilizados, pré-tratamento e hidrólise. O painel ainda teve Martin Mitchell (Clariant), Diego Cardoso (DSM) e Jorge Martinez (Axis).
A round table que encerrou o Workshop foi a cereja do bolo com Artur Milanez(BNDES), Raquel Coutinho (Petrobras), Igor Ferreira Bueno (FINEP), Bernardo Silva(ABBI) e Rubens Maciel Filho (FAPESP). A mensagem foi de que o setor — a bioeconomia — precisa se comunicar melhor com o público: não apenas o setor em si, mas a sociedade em geral. “Porque os carros elétricos são tão elogiados? Porque eles estão fazendo um bom trabalho de comunicação”, sugeriu Milanez, apoiado pelos participantes.
Rubens Maciel destacou a importância do BIOEN, da FAPESP, para garantir a liderança do Brasil no competitivo mercado de biocombustíveis mundial. Maciel explicou que o programa tem seu alicerce montado em cinco grandes frentes: biomassa, tecnologias para biocombustíveis, motores, biorrefinarias e estudo dos impactos sociais, econômicos e ambientais do etanol na matriz energética.
Para o público que participou, o sentimento que o Workshop 2G deixou foi o de que uma revolução na indústria de renováveis está em curso. A equipe de comunicação do CTBE/CNPEM apurou com convidados que não se trata de um desejo isolado de que essas ações aconteçam com a urgência que demandam. Em 2018, uma nova edição do 2G já está prevista.
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