Hoje Consultoria, em 15/09/2014
No último dia 5/9, a Finep e a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) lançaram uma chamada pública para a seleção de propostas de empresas interessadas em participar como fornecedoras no projeto de construção do Sirius, nova fonte brasileira de luz síncrotron. Maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País, a nova fonte será instalada no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). O prazo para apresentação de propostas vai até 7 de novembro.
Os recursos para o financiamento são de R$ 40 milhões não reembolsáveis, divididos entre a Finep e a FAPESP, no âmbito do Programa PIPE/PAPPE Subvenção Econômica. O edital prevê contrapartida das empresas, que podem incluir custos de pessoal e de espaço, além de outros custos envolvidos no projeto aprovado.
A chamada é direcionada a micro, pequenas e médias empresas, com sede e administração no estado de São Paulo, que atendam aos requerimentos técnicos de 20 desafios tecnológicos do projeto, que envolvem desde a fabricação da câmara de alto vácuo até dispositivos de micro focalização, passando por sistemas de guias de onda e módulos de fenda.
A divulgação dos projetos selecionados na Etapa de Enquadramento será no dia 26 de novembro e a divulgação dos resultados, em 13 de março de 2015. A nova fonte de luz síncrotron será uma das primeiras consideradas de 4ª geração em todo o mundo e colocará o Brasil na linha de frente dessa tecnologia.
Iluminando o invisível
O primeiro acelerador de partículas com fonte de luz síncrotron da América Latina está em operação no LNLS desde 1997. Essa luz de nome complicado auxilia pesquisadores de todo o Brasil e do exterior a desvendar diversos mistérios da ciência, como a descoberta das propriedades ocultas de materiais em nível atômico. A luz síncrotron é obtida depois que elétrons são acelerados quase à velocidade da luz e sofrem modificações de direção por força magnética, produzindo uma radiação que abrange grande parte do espectro eletromagnético, indo desde os raios-X aos ultravioleta. O caráter único do laboratório é o fato de ser aberto à utilização de pesquisadores de qualquer instituição do Brasil e do exterior, além de alguns de seus equipamentos serem exclusivos. Leia mais sobre as pesquisas realizados no LNLS em matéria publicada na edição nº 5 da revista Inovação em Pauta, da Finep.
(Com informações da FAPESP e do CNPEM)