EPTV em 20/05/2017
Psquisadores do Centro de Pesquisa em Energias Materiais (CNPEM) de Campinas (SP) desenvolveram um nanoantibiótico que age com maior eficácia contra fungos e bactérias que sofrem mutações e tornam-se mais resistentes, como as chamadas “superbactérias”.
O prefixo “nano” é usado justamente porque a substância foi produzida a partir de uma composição minúscula. Nos testes realizados no Laboratório de Microbiologia da Unicamp, os cientistas criaram uma partícula mil vezes menor que o diâmetro de um fio de cabelo, com superfície que contém o medicamento e estruturas para ligá-lo diretamente às bactérias, sem afetar as células saudáveis.
“A gente diz que funciona como chave e fechadura. Só aquela chave vai abrir aquela fechadura, então, nossa nanopartícula em relação à bactéria só funciona ali. Tanto que pra células saudáveis não tem nenhum efeito”, explica o pesquisador Mateus Borba Cardoso.
Durante os experimentos, o nanoantibiótico foi eficente para eliminar um tipo agressivo da bactéria que provoca diarréia e vômito, a Escherichia coli. O paciente precisaria carregar um coquetel de remédios para cada tipo de microrganismo resistente, sem causar efeitos colaterais.
“As nanopartículas são sim a medicina do futuro, tanto que se imagina que a pessoa possa ter kits de nanopartículas personalizados de forma que ela seja efetiva. Imagino que seja realizada num futuro muito próximo”, diz o pesquisador.
Para os próximos passos, os pesquisadores irão realizar testes em animais e seres humanos.
Repercussão: Portal Z1