G1 Campinas e Região, em 14/07/2016
G1 reconta a história do caminho para as minas que virou metrópole.
Aniversário da cidade até 1971 era celebrado no dia 13 de setembro.
Campinas (SP) completa 242 anos nesta quinta-feira (14). Neste período, a cidade, que surgiu de um caminho para as minas de ouro, virou uma metrópole de 1,1 milhão de habitantes que produz talentos em diferentes áreas do conhecimento.
Para lembrar a data, o G1 reuniu fatos e personalidades marcantes que fizeram parte da história do município. Confira.
Campinas surgiu na primeira metade do século XVIII como um bairro rural da Vila de Jundiaí. O povoamento teve início com a instalação de um pouso para tropeiros que seguiam para as minas de ouro, o que impulsionou o desenvolvimento da região.
O bairro rural do Mato Grosso se transformou então em Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso em 1774. Depois, em Vila de São Carlos em 1797. E por fim, em cidade de Campinas no ano de 1842, período no qual o café já dominava a paisagem.
Segundo informações divulgadas pela Prefeitura, na segunda metade do século XVIII,o município experimentou a modernização. Mas, com a crise da economia cafeeira, a partir de 1930, a cidade foi se transformando em um centro industrial e de serviços. A partir disso, passou a concentrar uma população maior, já que muitos vinham atraídos pelas novas oportunidades.
Já entre 1930 e 1940, a cidade passou por um período de migração e pela multiplicação de bairros nas proximidades das fábricas e das rodovias que estavam sendo construídas. De acordo com informações da Prefeitura, entre as décadas de 70 e 80, os fluxos migratórios levaram a população a praticamente duplicar de tamanho.
Na atualidade, Campinas conta com uma população aproximada em 1,1 milhão de habitantes, distribuída por vários bairros e pelos distritos de Joaquim Egídio, Sousas, Barão Geraldo, Nova Aparecida, Campo Grande e Ouro Verde.
Vale destacar também que até 1971, o aniversário de Campinas era celebrado no dia 13 de setembro, data da chegada de Barreto Leme à terra. No entanto, quando o povoado foi elevado a freguesia, em 14 de julho de 1774, foi realizada a primeira missa simbólica, em uma igreja local fixa.
Por isso, após um grande debate, convencionou-se celebrar o aniversário do município na data da missa e não mais em 13 de setembro.
Campinas tem entre seus filhos personalidades ilustres que atingiram fama e importância internacional.
Entre eles estão o maestro Carlos Gomes, autor da ópera “O Guarani”, e Hércules Florence, que é considerado o pai da fotografia.
Já na história recente, a cidade teve filhos em destaque também na cultura popular, como os músicos Sandy e Júnior e as atrizes Claudia Raia e Maitê Proença.
Apesar do ar urbano de metrópole , Campinas também oferece muitas opções de lazer tanto para moradores quanto para visitantes ao ar livre. A Lagoa do Taquaral é um dos lugares mais procurados da cidade, principalmente, pelos amantes de esportes.
No local, é possível caminhar pela densa área verde, praticar exercícios, além de visitar a Caravela Anunciação, uma embarcação inspirada na nau usada por Pedro Álvares Cabral, brincar em pedalinhos e até passear pelo parque em um antigo bonde.
Outra opção de passeio ao ar livre é voltar aos áureos tempos da ferrovia em um passeio de Maria Fumaça entre Campinas e Jaguariúna (SP).
O trecho e a locomotiva já foram utilizados várias vezes como cenário de novelas de época como “Terra Nostra”, “Sinhá Moça” e “Cabloca”, entre outras.
A viagem, que passa por um trecho desativado da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, tem 3,5 h de duração, percorre 48 km. As saídas ocorrem na estação Anhumas, aos finais de semana.
Outra dica de lazer para quem quer explorar é olhar para o céu no Observatório Municipal “Jean Nicolini”. Localizado no Monte Urânia, na Serra das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, é o melhor lugar de Campinas e do estado de São Paulo para se observar as estrelas, por ser distante da poluição luminosa. O local funciona todos os domingos das 17h às 21h.
Campinas abriga também universidades como a Unicamp, o que a coloca entre os centros de referência em ciência, educação e pesquisa no país.
Além disso, a cidade também concentra polos de tecnologia como o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem), que abriga o projeto do superlaboratório Sirius, o projeto mais complexo da ciência brasileira e que deve ficar pronto em 2018.