O desenvolvimento de alternativas de energia limpa e renovável para a matriz energética tem sido pautado como agenda prioritária para a sustentabilidade global. O projeto realizado em parceria entre o CNPEM e a Sinochem Petróleo Brasil, cofinanciado pela Embrapii, contribuiu com essa agenda por meio do desenvolvimento de estratégias enzimáticas para a produção de biocombustíveis avançados, com atividades que se dividem em duas frentes principais.

A primeira envolveu o desenvolvimento de uma plataforma microbiana capaz de secretar altos teores de um coquetel enzimático otimizado para a sacarificação do bagaço de cana-de-açúcar. Este novo coquetel demostrou aumentada atividade hidrolítica em bagaço de cana em comparação com a cepa não otimizada. A segunda frente do projeto teve por meta desenvolver uma rota bioquímica para produção de hidrocarbonetos renováveis. Importante destacar que alcanos e alcenos de cadeia média e longa têm grande valor comercial por possuírem propriedades físico-químicas similares aos combustíveis fósseis convencionais.

Adicionalmente, os alcenos terminais são bases químicas importantes para produção de polímeros, fertilizantes e surfactantes, apresentando alto valor comercial. Para a Sinochem, a parceria com o CNPEM tem sido muito frutífera. A empresa considera que as competências técnicas e gerenciais, bem como a infraestrutura do laboratório, foram indispensáveis para o alcance de resultados relevantes e inovadores no contexto de biorrefinaria.

A Sinochem pontua que a equipe do CNPEM se empenhou em manter uma interação eficiente e construtiva com a empresa, executando um trabalho de alta qualidade, e o projeto desenvolvido conjuntamente promove o avanço de dois temas promissores considerando o potencial do Brasil para uso de biomassa e geração de energia renovável, e que endereçam desafios técnicos alinhados à agenda global de desenvolvimento sustentável.