Representantes da renomada instituição de pesquisa chinesa estiveram no campus do CNPEM para assinatura do documento
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o Center for High Pressure Science & Technology Advanced Research (HPSTAR) assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) com o objetivo de promover a colaboração científica entre Brasil e China.
Este acordo, com duração de dez anos, estabelece uma cooperação focada em pesquisas científicas de alta pressão e desenvolvimento tecnológico, visando a troca de pessoal de pesquisa e administrativo, a realização de projetos conjuntos, e a organização de eventos acadêmicos.
O documento assinado por Antonio José Roque da Silva, Diretor-Geral do CNPEM, Harry Westfahl Jr., diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e Wenge Yang, diretor do HPSTAR, reconhece a importância das duas instituições em suas respectivas áreas e busca fomentar um ambiente de intercâmbio acadêmico e científico.
Da esquerda para direita, Wenge Yang, diretor do HPSTAR; Arthur Haozhe Liu , Presidente do Comitê de Pesquisadores Visitantes e do Escritório Internacional do HPSTAR; Harry Westfahl Jr., diretor do LNLS; Narcizo Souza, chefe da Divisão de Matéria Condensada e Ciência dos Materiais e Antonio José Roque da Silva, Diretor-Geral do CNPEM
Como comenta Harry Westfahl Jr., “O Sirius está atraindo pesquisadores de altíssimo nível de todo o mundo. Cada vez que pesquisadores de centros de referência como o HPSTAR vêm para cá realizar seus experimentos, a experiência adquirida com o tipo de medidas que realizam e os desafios que nos impõem elevam significativamente o nível de nossos experimentos. Todos os pesquisadores com vasta experiência em ciência com luz síncrotron que vêm realizar medições no Sirius contribuem para esse progresso. Nosso objetivo não é apenas criar as melhores máquinas, mas também realizar a melhor ciência do mundo.”
Com a assinatura do memorando, espera-se a realização de reuniões, seminários, simpósios e outras atividades que facilitem a troca de conhecimentos e resultados entre os pesquisadores. Além disso, o acordo permitirá a busca de suporte financeiro de fontes públicas e privadas para acelerar o crescimento das colaborações entre o CNPEM e o HPSTAR, fortalecendo assim os laços entre as comunidades científicas do Brasil e da China.
“A ciência de alta pressão está avançando quase todos os dias. E ela depende muito da tecnologia, especialmente das novas tecnologias de síncrotron. Existem apenas algumas fontes de luz síncrotron de 4ª geração no mundo, e o Brasil possui uma das mais avançadas, o que nos permitiu ir muito além na pesquisa de alta pressão.”, destaca Wenge Yang.
Sobre o LNLS
O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) atua na pesquisa científica e no desenvolvimento tecnológico envolvendo a luz síncrotron, com foco na operação e exploração do potencial multidisciplinar do Sirius, a mais avançada infraestrutura científica do País. Com dez estações de pesquisa já operacionais e abertas à comunidade científica e industrial, Sirius permite que milhares de pesquisadores de diversas áreas testem hipóteses sobre os mecanismos microscópicos que resultam nas propriedades dos materiais, naturais ou sintéticos, usados em diferentes campos, tais como saúde, meio ambiente, energia e agricultura. O LNLS faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), uma Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País, O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. O CNPEM é responsável pela operação dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), e também pela Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).
