A Notícia em Abril de 2018
Cientistas da cidade de Campinas (SP) realizaram uma pesquisa, a fim de desenvolver uma vacina capaz de estimular o sistema imune a combater o câncer. Para isso, eles combinaram diferentes linhagens de células tumorais geneticamente modificadas no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), e testaram várias combinações.
Em algumas destas combinações o resultado foi positivo, uma linhagem tumoral impediu totalmente das células se reproduzirem.
“Os resultados sugerem que a resposta antitumoral induzida pelo tratamento é duradoura, o que seria interessante na prevenção de recidivas”, disse Chaim Bajgelman, coordenador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo .
O modelo mais bem estabelecido é a GVAX, vacina composta de células tumorais do próprio paciente. Elas são geneticamente modificadas e irradiadas para evitar que se proliferem descontroladamente no organismo, e passam a secretar uma substância chamada citocina GM-CSF. Essa citocina estimula a proliferação e a maturação de células de defesa.
No Brasil, a pesquisa desenvolveu outras duas linhagens de melanoma (câncer de pele) capazes de secretar substâncias como a citocina GM-CSF, que estimulam a defesa do organismo, ou seja, irradiando as células tumorais modificadas elas perdem a capacidade de gerar tumor, mas ainda servem para estimular o sistema imune.
Primeiros testes
Diferentes combinações das três linhagens tumorais modificadas foram testadas em experimentos com camundongos. Tumores foram induzidos por meio de injeções.Foram três doses, com intervalos de dois dias cada.
Todas as linhagens conseguiram reduzir o crescimento do tumor. Em um segundo ensaio, foram testadas combinações de duas linhagens e o tumor cresceu bem menos do que com a monoterapia. Em alguns casos, o tumor foi totalmente suprimido.
Já a combinação das três linhagens modificadas combinadas em um único tratamento apresentou bom resultado em ensaios in vitro, mas não teve o desempenho esperado nos testes com animais.
Em outro experimento, os animais que já haviam sido tratados foram novamente “desafiados” – 30 dias depois – com uma nova injeção de células tumorais não modificadas, ou seja, com potencial de formar tumores.
“Os animais que não desenvolveram tumor no primeiro protocolo também não desenvolveram nesse segundo desafio. Parece que o organismo criou uma memória imunológica. Os roedores foram acompanhados por mais de um ano e não manifestaram a doença”, disse Bajgelman.
Repercussão: TNH1;