Especial: CENÁRIOS tecnologia (Campinas: capital da tecnologia) do Correio Popular, em 10/08/2012
Educação e desenvolvimento tecnológico. Nesta síntese sobre conhecimento, reconhecida e evidente na Região Metropolitana de Campinas (RMC), fixa-se o alicerce essencial para o melhor futuro do Brasil. Agosto começou bem, apesar do folclore, compreensível, de que é um mês para desconfianças.
O início positivo, que interessa a todos nós, aconteceu no primeiro dia do mês, aqui perto, na abertura da 1ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional de Minas Gerais, em pronunciamento do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. “O governo federal é a base de apoio de 27 alavancas poderosas, formadas pelos governos estaduais e suas economias. Se movimentarmos todas juntas, moveremos o Brasil”.
O noticiário revela que o evento marca o início do processo de territorialização do Plano Brasil Maior, política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior lançada em 2011, pela presidente Dilma, para melhorar a eficiência produtiva, promover modernização tecnológica e aumentar a produtividade da indústria brasileira em escala internacional. O governo federal pretende estabelecer agendas tecnológicas regionais.
O que quero, neste artigo, novamente, é promover a consolidação da vocação de Campinas como polo de modernização e desenvolvimento tecnológico do País, vocação que, certamente, é secular, desde a criação, por exemplo, do Instituto Agronômico de Campinas, fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, e que se faz presente em nosso parque universitário, liderado pela Unicamp, e que nossos centros de estudos, como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), entre outras entidades públicas e privadas.
Dos 19 municípios da RMC, com uma população total de aproximadamente 3 milhões de habitantes e o Produto Interno Bruto (PIB) anual na casa dos R$ 80 bilhões, 14 apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado e os outros 5 estão no nível médio. O IDH de nossa cidade-sede, de 0,852, está entre os 10 melhores do Estado.
O pesquisador do NEPP (Núcleo de Estudos de Políticas Públicas) da Unicamp, Domenico Feliciello, informa a imprensa, identificou 50 setores industriais na macrorregião de Campinas que se destacam em relação ao Brasil.
O conjunto de nossa potente infraestrutura nos garante bons exemplos de produção, seja em tecnologia, seja em agronegócio, com destaque para a cana-de-açúcar. Por isso, além de trabalharmos pela consolidação da RMC como Capital de Tecnologia do Brasil, avançamos para ter a mesma presença no cenário internacional.
Em março passado, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, nos Estados Unidos, o presidente do Grupo Brasilinvest, Mario Garnero, lançou Campinas como Centro de Tecnologia dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China – e também a África do Sul), iniciativa elogiada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que participou do evento.
Nós do Grupo Brasilinvest vimos, há anos, estimulando e praticando esta corrente de pensamento, para atrair novos investimentos à nossa região – e a região administrativa de Campinas espalha-se por 90 municípios – e ao Brasil.
Mario Garneiro – que será homenageado em setembro em Nova York, com o Lifetime Archievement Award de Liderança Empresarial Internacional – é reconhecido como “Pai do Carro a Álcool” e foi o pioneiro na introdução do telefone celular no Brasil. Criou ainda o Fórum das Américas, entidade de debate sobre o desenvolvimento brasileiro e a Associação das Nações Unidas Brasil.
Fernando Garnero, empresário, é presidente do Grupo Brasilinvest