Os professores Felipe Kessler e Juliano Vicenti, da Escola de Química e Alimentos da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), participarão, ainda neste mês, de uma semana de experimentos no mais moderno acelerador de partículas do País. A oportunidade foi conquistada através da aprovação de um projeto, construído por ambos, pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
O projeto, que obteve nota máxima na seleção, é um estudo de novos materiais complexos metálicos poliméricos frente à radiação ultravioleta extrema, e tem como objetivo alcançar um avanço na área de materiais para a fabricação de chips.
A ideia de desenvolver o projeto começou no ano passado, quando os professores se conheceram através da Furg e resolveram fazer a união de algumas ideias e estudos construídos antes, por eles, separadamente.
Avanço
De acordo com o professor Felipe Kessler, “a aprovação do projeto é um avanço para a área de pesquisa da Furg, especialmente, para o Laboratório de Físico-Química Aplicada e Tecnológica (LAFQAT), já que o Síncrotron (acelerador de partículas) é o único da América Latina, o que resulta em uma disputa muito acirrada para a aprovação de projetos”. Os professores também explicaram como funcionará a viagem a Campinas, São Paulo, e os benefícios que ela trará para o estudo.
— Nós vamos passar uma semana lá, utilizando a fonte de energia, para coletar material e tirar medidas para análise, depois, quando voltarmos à Furg, vamos passar, aproximadamente, seis meses estudando e analisando os resultados— explicou o professor Juliano Vicenti.
Os professores também explicaram que, no Síncrotron, ocorre a análise de diversos projetos, o que faz com que eles já comecem a pensar na construção de trabalhos futuros ligados ao aparelho.
Com esse estudo prolongado, os professores pretendem começar a inserir os estudantes no projeto e em outros semelhantes, especialmente, os alunos ligados ao Programa de Pós-graduação em Química Tecnológica e Ambiental (PPGQTA). De acordo com Kessler e Vicenti, “esse projeto é apenas o início, ainda existem muitos segmentos da área, para serem explorados e estudados por nós e pelos nossos alunos, tanto como graduandos quanto como futuros pesquisadores”.
Por Luiza Trápaga