Bruno Araujo Torres, pesquisador do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), integrante do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), foi o vencedor do III Prêmio Cientistas e Empreendedores do Ano Instituto Nanocell, na categoria Estudantes, com o tema “Pesquisas com células-tronco humanas”.
O Instituto Nanocell é uma entidade privada sem fins lucrativos focada no ensino, formação de alianças e projetos de consultoria em ciência e tecnologia. O Prêmio Cientistas e Empreendedores do Ano tem como objetivos valorizar, incentivar e divulgar trabalhos de inovação em Ciências, Educação e Saúde Pública, com foco em prevenção e educação, bem como trabalhos clínicos e outras iniciativas que proponham melhorias em gestão de saúde, ciência e educação públicas e privadas, políticas de prevenção, qualidade de atendimento e tratamento.
Foram sessenta e cinco mil nomes com artigos em destaque cadastrados anonimamente, em categorias como Biotecnologia aplicada à saúde; Pesquisas com células-tronco humanas; Nanotecnologia: da produção à aplicação; Genética Humana: Além do DNA; Virologia: Atacando os vírus e novos usos e Neurociências: perspectivas para um cérebro saudável.
Bruno Torres é coordenador do Laboratório de Células-Tronco do LNBio e ficou surpreso com a indicação. “Quando recebi o e-mail dizendo que eu fui indicado ao prêmio, até achei que fosse algum spam”, comenta o pesquisador. As indicações ao prêmio são feitas espontaneamente por leitores de artigos científicos.
Após duas fases de seleção, os concorrentes foram escolhidos por um comitê formado por membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pelo CNPq. Os escolhidos foram premiados durante evento ocorrido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.
Torres divide co-autoria do artigo Discordant congenital Zika syndrome twins show differential in vitro viral susceptibility of neural progenitor cells, publicado na revista Nature Communications em Fevereiro de 2018. . O estudo foi financiado pela FAPESP e analisou a genética de bebês gêmeos que tiveram diferentes reações ao vírus, quando expostos a este durante a gestação.
Além da descoberta da influência da constituição genética na infecção pelo Zika, o pesquisador também participa de um estudo sobre a capacidade do mesmo vírus matar células cancerígenas agressivas ao sistema neurológico. Em julho de 2017, no periódico Molecular Neurobiology, Bruno Torres publicou outro artigo também financiado pela FAPESP sobre a influência dos astrócitos (células gliais do sistema nervoso) na maturação sináptica neural em pacientes com síndrome de Down.
Com informações do Instituto Nanocell .
Assessoria de Comunicação em 21/11/2018