novaCana, 01/03/2018
Resultados demonstram implicação dos resíduos da cana no campo; Grupo Zilor já adotou mudanças estratégicas
Com a adoção da mecanização da colheita, as queimadas dos canaviais praticamente chegaram ao fim em diversas regiões do Brasil.
No lugar das cinzas, surgiu a palha. Composta por folhas secas, folhas verdes e ponteiros, ela fica no campo e cabe a cada empresa definir como aproveitar o novo produto.
A princípio, a palha pode ser utilizada para a produção de etanol de segunda geração e, mais comumente, na cogeração de energia, com a queima da biomassa. Sendo assim, sua retirada parecia adequada – mas surgiu a dúvida sobre a influência que essa remoção poderia ter na qualidade do solo e no cultivo da cana-de-açúcar.
O pesquisador do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), e líder da equipe que realiza os estudos agronômicos do Projeto Sucre (Sugarcane Renewable Electricity), João Luis Nunes Carvalho, realizou um estudo com a intenção de responder a essas dúvidas. Na opinião dele, a remoção de palha deve avaliada com cautela, pois em diversas condições esta prática talvez não seja a melhor alternativa para as usinas.
A equipe liderada por Carvalho está realizando experimentos desde 2013 e já acompanhou o resultado de quatro colheitas. Atualmente, são conduzidos 26 estudos entre São Paulo e Goiás. Além disso, a análise é feita em locais sem palha e em áreas com diferentes quantidades do resíduo, sendo que os resultados são acompanhados ano a ano.
A nível nacional há aproximadamente aproximadamente 251 milhões de toneladas de residuos culturais espalhados nas plantações, sendo que deste total 80 milhões de toneladas são relacionadas a palha de cana-de-açúcar. Assim, o questionamento sobre o manejo mais adequado atinge uma escala nacional.
Em uma apresentação de resultados feita por Carvalho, ele traz suas conclusões referentes à influência da palha no solo, no controle de pragas e nos impactos ao meio ambiente, considerando diferentes condições de produtividade. Além disso, o Grupo Zilor também compartilhou sua relação estratégica com a opção por retirada ou manutenção da palha no campo.
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