Correio Popular em 20/05/2016
“O LNLS está abrindo as suas portas para que as pessoas possam conhecer a nossa infraestrutura, entendam o tipo de pesquisa que é feita aqui e a importância desses estudos para a busca de soluções de problemas da sociedade. Esta iniciativa é importante para aproximar a população dos cientistas, engenheiros e técnicos do nosso laboratório. Queremos também apresentar o projeto Sirius e compartilhar com a população o conhecimento sobre esta grande iniciativa da ciência brasileira”, afirmou o diretor do LNLS, Antônio José Roque.
Para todas as idades
No evento os visitantes conhecerão o funcionamento e as utilidades das fontes de luz síncrotron. Haverá duas opções de roteiro, um tour expresso, com 15 minutos de duração, e uma rota estendida, com visitação aos prédios de apoio e de controle. Ao final das visitas, os participantes poderão observar, em microscópios, materiais do cotidiano, como cristais de açúcar, sal, areia, insetos, fios de cabelo, ovos de peixe, micro-organismos presentes na água, dentre outros.
Os participantes também conhecerão um pouco mais sobre o Projeto Sirius, a nova fonte de luz síncrotron do País, projetada pelo LNLS. O Diretor do LNLS, José Roque, falará sobre o projeto na palestra “Chopp com ciência”.
Com mais de 500 m de circunferência, o Sirius será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no Brasil. A nova fonte de luz abrirá novas perspectivas de pesquisa em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras. A construção do projeto, no campus do CNPEM, segue de acordo com do cronograma inicial, com cerca de 20% das obras já concluídas. Em dois anos, deve ocorrer a primeira volta de elétrons no Sirius. A abertura da fonte de luz acontecerá um ano depois, em 2019.
LUZ SÍNCROTRON
A fonte de luz síncrotron do LNLS pode ser comparada à um grande microscópio, dedicado à análise de diferentes materiais, como metais e células humanas. Este é o único acelerador de elétrons da América Latina, um equipamento de alta tecnologia aberto à comunidade científica do Brasil e do exterior. A fonte de luz foi construída entre 1987 e 1997, com peças produzidas pela equipe do LNLS. Há 20 anos, os elétrons deram a primeira volta neste acelerador, gerando o primeiro feixe de luz síncrotron. Esse tipo de luz apresenta diferentes comprimentos de onda, de infravermelho a raios-X, e é utilizada para análises nano e microscópicas.
LOCAL: Rua Giuseppe Máximo Scolfaro, 10.000, Guará – Polo II de Alta Tecnologia de Campinas.