Portal SIEMENS, outubro de 2017
Um centro de pesquisas lança-se na missão de construir um dos mais modernos aceleradores de partículas do mundo. E para colocá-lo em perfeito funcionamento e em total segurança, o apoio de um sistema de automação é fundamental.
Um dos mais modernos aceleradores de partículas do mundo está sendo construído em Campinas e sua conclusão promete avanços em diversas áreas.
Um marco da ciência no Brasil
O final desta década deve marcar o início da operação de um dos mais modernos aceleradores de partículas do mundo.
O projeto, batizado de Sirius, está sendo executado em Campinas, no interior de São Paulo, no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Com inauguração estimada para 2018, o local será líder mundial em luz síncrotron, um tipo especial de radiação: trata-se de um feixe de luz tão intenso que permite estudar em detalhes a constituição dos materiais, como num super microscópio.
Automação e segurança
O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) foi inaugurado no Brasil em 1997, na mesma localidade onde está sendo erguido o novo acelerador de partículas. Os números do Sirius impressionam: serão 68 mil metros quadrados de área construída e 518 metros de circunferência, cinco vezes maior do que o atual e equivalente a 21 campos de futebol. O mais avançado centro de estudos desse tipo na América Latina será voltado à comunidade acadêmica e à indústria.
E o que um acelerador de partículas pode ter a ver com os processos produtivos? Com ele, é possível estudar, de forma detalhada e com alta resolução, a estrutura de átomos e moléculas. Isso permite, por exemplo, entender o funcionamento de várias doenças e também auxilia no desenvolvimento de novos medicamentos, entre muitas outras aplicações, em diversas áreas.
A luz síncrotron também é muito usada para os estudos de materiais, como os supercondutores, que ajudarão a desenvolver os computadores do futuro. E a luz síncrotron ainda pode ser aplicada em estudos de fósseis primitivos. Além disso, estima-se que o uso dessa tecnologia proporcione avanços em áreas como nanotecnologia, construção civil, química, energia, biotecnologia, meio ambiente, agricultura, entre outras.
Uma importante etapa na construção das estações de pesquisa em uma estrutura como esta é a automatização dos sistemas que constituem essas estações. Para automatizar, e supervisionar os equipamentos que a compõem essas estações de pesquisa, entram em cena as soluções de automação industrial, além de sistemas de segurança pessoal, responsáveis por evitar potenciais riscos aos pesquisadores e profissionais do laboratório.
Os protótipos das estações de pesquisa do Sirius já contam com painéis, relés e controladores da linha SIMATIC, da Siemens, que serão aplicados às linhas de luz. Essas soluções funcionam de forma integrada e possuem alta performance de processamento, operando na supervisão e no controle de sensores e atuadores das estações de pesquisa. Qualquer anomalia no funcionamento dos sistemas automatizados das estações experimentais é detectada em intervalos medidos em milissegundos e microssegundos, garantindo o funcionamento ideal do sistema e assegurando a integridade dos equipamentos.
Por meio dessa solução e da plataforma TIA Portal (Totally Integrated Automation), o LNLS provê a automação, o controle e a proteção de diversos equipamentos de alta tecnologia e valor agregado. Transpondo o conceito para uma indústria, por exemplo, significa dizer que o investimento em equipamentos e soluções é preservado, com a otimização de suas funcionalidades. O projeto do sistema de segurança pessoal das linhas de luz do LNLS também usará solução Safety da Siemens.
Infográfico
Laboratório Nacional de Luz Síncroton
E o Sirius será ainda maior, com dimensões equivalentes a:
Circunferência com 518 metros equivalente a 21 campos de futebol