Iniciativa voltada à descoberta de fármacos para doenças metabólicas a partir da biodiversidade e a pesquisadora Daniela Trivella recebem reconhecimentos na edição de 2025 do prêmio.
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi reconhecido em duas categorias no Prêmio de Reconhecimento de Unidades Embrapii, iniciativa que celebra projetos e profissionais que se destacam na promoção da inovação industrial no Brasil.
Imagem: Divulgação Embrapii
A pesquisadora do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio/CNPEM) foi contemplada com o prêmio de pesquisadora destaque. Na mesma edição, o projeto Fitofármacos Cardiovasculares, desenvolvido pelo CNPEM em parceria com a startup NIntX recebeu o segundo lugar na categoria Projeto Mais Inovador.
O evento de premiação aconteceu no dia 09 de dezembro, durante o durante a Conferência Anual das Unidades Embrapii, em Brasília, que reuniu quase 300 pessoas, de 90 Unidades, que integram a Rede Embrapii.
Os pesquisadores do CNPEM Daniela Trivella e Alisson Campos Cardoso durante o evento
Pesquisadora Destaque
A trajetória profissional da pesquisadora do LNBio, Daniela Trivella, foi reconhecida pela Embrapii. Trivella concorreu com outras seis finalistas e conquistou o prêmio de Pesquisadora Destaque após votação interna da Embrapii.
Bióloga com doutorado em Ciências Físicas Biomoleculares, Trivella possui pós-doutorado no Brasil, nos Estados Unidos e na Inglaterra, e atua na pesquisa de novos produtos naturais bioativos e moduladores alostéricos de proteínas com potencial farmacêutico. No CNPEM, lidera projetos que integram inovação científica e aplicação prática na descoberta de novos fármacos, em colaboração com instituições acadêmicas e com o setor produtivo. A premiação reconhece sua atuação destacada no campo da pesquisa biomolecular, com impacto direto na ética da prática médica e no desenvolvimento de soluções terapêuticas inovadoras no país.
Nos últimos anos, Trivella tem recebido diversos prêmios e homenagens por sua trajetória científica e por sua liderança em projetos estratégicos conduzidos pela Unidade Embrapii CNPEM Biotecnologia, ampliando parcerias com empresas e contribuindo para soluções tecnológicas de alto impacto para a sociedade.
Projeto Mais Inovador
O projeto Fitofármacos Cardiovasculares, desenvolvido pelo CNPEM em parceria com a startup NIntX e financiado pela Embrapii, conquistou o segundo lugar na categoria Projeto Mais Inovador. A iniciativa é conduzida pelos pesquisadores Alisson Campos Cardoso e Daniela Trivella, ambos do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio/CNPEM). Durante o evento, Alisson apresentou o projeto ao público e detalhou a abordagem científica adotada.
Iniciado em julho de 2022, o projeto utiliza resultados de pesquisas internas do CNPEM, incluindo a identificação e validação de uma proteína específica associada ao desenvolvimento dessas doenças. As moléculas investigadas são provenientes da plataforma integrada de descoberta de fármacos do CNPEM, na qual compostos obtidos a partir de espécies brasileiras são triados, caracterizados e avaliados quanto à sua interação com essa proteína, com o objetivo de desenvolver novos fármacos e fitofármacos.
Os avanços do trabalho incluem estudos estruturais detalhados conduzidos na linha de luz Manacá, no Sirius, e no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio/CNPEM). Esses estudos permitem visualizar, em alta resolução, como as moléculas bioativas interagem com diferentes regiões da proteína específica, orientando o refinamento das séries químicas, a compreensão dos mecanismos de ação e as estratégias de otimização na etapa de desenvolvimento.
Nesta edição do prêmio, a Embrapii ampliou a participação do público e abriu a votação geral para escolha do Projeto Mais Inovador, permitindo que profissionais da área, instituições parceiras e o público em geral contribuíssem para o reconhecimento da iniciativa.
Unidade Embrapii CNPEM Biotecnologia
A Unidade Embrapii CNPEM Biotecnologia reúne infraestrutura científica de ponta e equipes altamente qualificadas que atuam em biotecnologia industrial e biotecnologia aplicada à saúde. A unidade possui ampla experiência no desenvolvimento de plataformas biotecnológicas, bioprocessos, biomateriais, biocombustíveis, rotas de descoberta de medicamentos e testes diagnósticos. Também integra a Rede Vírus/MCTI, tendo desempenhado papel relevante em pesquisas para o enfrentamento da COVID-19.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) abriga um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País. O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. As atividades de pesquisa e desenvolvimento do CNPEM são realizadas por seus Laboratórios Nacionais de: Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além de sua unidade de Tecnologia (DAT) e da Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).
