G1 Campinas em 19/12/2014
O contrato para a construção do laboratório que abrigará o projeto Sírius, que consiste em um acelerador de partículas de última geração que será usado na análise de diversos materiais orgânicos e inorgânicos, foi assinado nesta sexta-feira (19), em Campinas (SP). Durante o evento, foi realizado também o lançamento da pedra fundamental da obra.
O projeto Sírius consiste na construção de um laboratório de 68 mil m² em um terreno de 150 mil m² junto ao campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem), onde está instalado o Polo II de Alta Tecnologia. Ele é considerado um dos maiores e mais complexos projetos da ciência brasileira dentro do escopo de responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, já que emitirá uma nova fonte de luz, que será uma ferramenta científica de grande porte. A previsão é de que ele esteja em funcionamento em 2018.
O contrato foi assinado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Clélio Campolina Diniz, e pelo diretor do projeto Sírius, Antonio José Roque da Silva. O evento foi realizado no Cnpem.
Para o ministro, o projeto tem como efeito imediato elevar o conhecimento científico na área. “O efeito de sua utilização é um grande benefício na área da saúde, de desenvolvimento de materiais, econômico e nosso reconhecimento internacional como um país que faz pesquisa”, explica.
Sírius
A maior parte do projeto, orçado em R$ 1,3 bilhão, será financiada pelo MCTI. O Sírius será um acelerador de partículas de última geração, usado na análise dos diversos materiais.
Segundo os coordenadores do projeto, o prédio está entre as obras civis mais sofisticadas já construídas no país, com exigências de estabilidade mecânica e térmica sem precedentes.
De acordo com Antonio José Roque da Silva, o equipamento será construído, em sua maioria, com tecnologia brasileira e será instalado próximo à primeira e única fonte de luz síncrotron brasileira, que opera desde 1997, sob responsabilidade do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron.