NIT Mantiqueira, 20/04/2016
Pesquisa realizada pelo LNBio, do CNPEM, identificou coração de fóssil que foi impresso em 3D pelo CTI. Estudo pode avançar o tratamento de pessoas que possuem problemas nas válvulas do coração
O Arranjo NIT Mantiqueira, em uma de suas atividades de prospecção e de mapeamento tecnológico no Centro de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), conheceu a pesquisa sobre a evolução dos corações, desenvolvida pelo Laboratório Nacional de Biotecnologia (LNBio) sob coordenação do professor José Xavier Neto.
Durante os estudos do professor Neto, a equipe de pesquisadores encontrou um fóssil do peixe Rhacolepis, animal já extinto, de quase 120 milhões de anos. O interessante é que, devido a uma tomografia realizada em um Laboratório de Luz Síncrotron, foi possível identificar o coração do peixe praticamente intacto. Com isso, eles conseguiram recortar o coração do animal, procedimento inédito para a ciência.
De posse desse modelo do coração foi possível saber que o fóssil do peixe possuía cinco válvulas cardíacas, diferente dos peixes atuais que possuem somente uma válvula de saída do fluxo sanguíneo do coração. Conhecer a evolução do coração de animais vertebrados ao longo do tempo possibilita estudar novas formas de tratamentos para a saúde humana. Com isso, no futuro, será possível produzir tecido e válvulas cardíacas a partir de células tronco de uma pessoa que possui alguma irregularidade nessa parte do coração.
Ao conhecer o objetivo da pesquisa, a equipe do NIT Mantiqueira entrou em contato com a Divisão de Tecnologias Tridimensionais (DT3D), do Centro de Tecnologias da Informação Renato Archer (CTI), para ajudar os pesquisadores do LNBio a imprimir em 3D o coração e o peixe, ilustrando ainda mais o estudo realizado.
Integrar Unidades de Pesquisa (UPs) é uma das iniciativas realizadas pelo Mantiqueira para aproximar pesquisadores de áreas de pesquisa e de instituições diferentes, e possibilitar a troca de conhecimento, avanço da ciência, disseminação da cultura de inovação e benefícios para a sociedade.
Veja a reportagem da EPTV sobre o trabalho: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/jornal-da-eptv-2edicao/videos/t/edicoes/v/pesquisadores-recriam-coracao-de-especie-de-peixe-que-existiu-ha-milhoes-de-anos/4968141/