Ascom do MCTI, em 08/04/2015
A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) acertou a contratação de nove projetos de inovação no valor total de R$ 13,3 milhões. Os acordos foram firmados entre empresas e seis Unidades Embrapii, institutos de pesquisa selecionados por meio de edital para atuarem na pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos ou processos em áreas estratégicas.
A Embrapii é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) criada com o objetivo de atender as demandas empresariais, compartilhando riscos na fase pré-competitiva da inovação. Os nove projetos foram contratados pelo Centro Nacional de Pesquisas em Energias e Minerais (CNPEM), Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), Institutos Lactec, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e Senai-Cimatec.
Os investimentos no processo de P&D são divididos igualmente entre as Unidades Embrapii, o governo federal e os empresários. No entanto, algumas empresas aplicam até 50% do valor previsto no contrato. De acordo com o presidente da Embrapii, João Fernando Oliveira, a resposta das companhias aos planos de ação tem sido “surpreendentemente rápida”.
A Fundação Certi fechou o acordo de P&D com a multinacional Gnatus, especializada em produtos odontológicos. As pesquisas são para o desenvolvimento de um sistema inteligente de comercialização. Os Institutos Lactec assinaram contrato na área de eletrônica embarcada com a Volvo. O projeto busca inovação para os caminhões da montadora que atuam na área agrícola. Já o CNPEM desenvolve pesquisas na área de Biomassa em parceria com a Brasil Kirin, fabricante bebidas.
O CPqD contratou dois novos projetos. Um deles é com a multinacional Padtec, que visa o desenvolvimento, suporte e evolução de tecnologias inovadoras de sistemas de comunicações ópticas de alta capacidade. “É uma área que precisa estar em evolução constante para atender às novas demandas do uso intensivo de aplicações na internet, que fazem o tráfego nas redes de comunicações aumentar cada vez mais”, afirma Tania Regina Tronco, pesquisadora da Diretoria de Gestão da Inovação do centro.
Os demais projetos contratados pelas Unidades Embrapii têm cláusulas que impedem a divulgação das linhas de pesquisa.
Faturamento
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, a agilidade e a flexibilidade da distribuição de recursos para projetos de inovação e o interesse dos empresários em compartilhar riscos em P&D já apresentam resultados no faturamento das Unidades Embrapii. É o caso do Senai-Cimatec, que passou de R$ 4 milhões, em 2012, para R$ 107 milhões, em 2014.
“A competitividade da indústria brasileira depende de uma lista gigantesca de fatores, mas não há dúvida de que a capacidade inovadora pode se sobrepor a eles”, avalia o presidente da Embrapii. “O único caminho para virarmos esse jogo é por meio da inserção verdadeira de novos materiais e tecnologias.”
Também são Unidades Embrapii o Centro de Engenharia Elétrica e Informática da Universidade Federal de Campina Grande (CEEI/UFCG), o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), o Laboratório de Metalurgia Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Lamef/UFRGS), o Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica da Universidade Federal de Santa Catarina (Polo/UFSC), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Senai – Polímeros.