Etapa integra a parte estrutural do Orion, complexo de laboratórios que permitirá pesquisas avançadas em patógenos
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) inicia na próxima quinta-feira (21) a fase de fundação e execução de estacas do Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, que compreenderá instalações de máxima contenção biológica (NB4) inéditas na América Latina, sendo as primeiras do mundo conectadas a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius.

Orion está sendo construído em conexão ao Sirius, e será o primeiro laboratório de máxima contenção biológica no mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron. (Créditos: Divulgação/CNPEM)
No dia 21, o Diretor-Geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, a Diretora do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) Maria Augusta Arruda e o Diretor Adjunto de Infraestrutura (DAI), Sérgio Marques estarão disponíveis das 16h30 às 17h30 para tirar dúvidas da imprensa sobre o projeto, programa científico do Orion e impactos na área da saúde, e sobre a fase das obras e a infraestrutura do prédio do Orion, respectivamente. O canteiro de obras também será liberado para registro de imagens a partir das 15h do mesmo dia.
As fundações são a etapa responsável por preparar o solo para receber as edificações de maneira estável e segura. É nelas que serão fixados os elementos estruturais que sustentarão o edifício. Antes do início do estaqueamento, foram realizados os testes necessários pelas equipes envolvidas nas obras do complexo laboratorial.
A previsão é que a etapa das fundações seja concluída até o final deste ano. A partir do início de 2026, terá início a montagem da estrutura e do sistema de cobertura, marcando o começo da construção da parte visível do prédio.

Na projeção gráfica, imagem do prédio do Orion – uma infraestrutura que terá quatro pavimentos. (Créditos: Divulgação/CNPEM)
“Antes das fundações, as obras no terreno do Orion passaram por uma fase essencial de escavações e terraplanagem, iniciadas em maio de 2024, com a remoção de aproximadamente 40.000 m³ de solo para atingir a profundidade necessária ao futuro subsolo da infraestrutura. Essa etapa preparatória, além de garantir as condições estruturais adequadas, cria a base para a posterior construção de áreas estratégicas — como depósitos, sistemas de carregamento, instalações elétricas e de TI, estoques e caldeiras para o tratamento térmico de efluentes. Todo esse trabalho foi conduzido em harmonia com a operação contínua do Sirius, cuja linha de luz mais sensível se encontra nos arredores imediatos do Orion”, comenta Sergio Marques.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, comemora o marco e projeto os impactos da infraestrutura científica para o país. “O início das fundações do Orion representa um marco histórico para a ciência do Brasil. Estamos falando de um laboratório de máxima contenção biológica (NB4), inédito na América Latina e que vai colocar o país em um patamar de liderança, sendo o primeiro do mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius. O laboratório será essencial para o desenvolvimento de pesquisas em áreas como biossegurança, saúde pública e controle de pandemias. Essa obra, que integra o Novo PAC, mostra como os investimentos em ciência e tecnologia estão sendo tratados como prioridade pelo governo do presidente Lula. Essa iniciativa é um exemplo concreto de como o PAC transforma recursos em obras estratégicas, capazes de impactar a vida das pessoas”, ressalta.
O Diretor-Geral do CNPEM destaca que o início das fundações marca a transição das etapas de escavação e preparação do terreno para a fase estrutural do Orion.
“Chegar a esta etapa é fruto de um trabalho intenso de planejamento, que envolveu a compatibilização de soluções entre diferentes núcleos e áreas do conhecimento. Esse esforço permitiu que avançássemos para as fundações com um projeto muito mais amadurecido e otimizado, garantindo que a execução ocorra de forma mais eficiente. É um momento marcante, que dá continuidade à transformação iniciada com as escavações e nos leva a avançar para a fase estrutural do Orion”, destaca Antonio José Roque.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) abriga um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País. O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. As atividades de pesquisa e desenvolvimento do CNPEM são realizadas por seus Laboratórios Nacionais de: Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além de sua unidade de Tecnologia (DAT) e da Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).
Projeto Orion
O projeto Orion será um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, que compreenderá instalações de máxima contenção biológica (NB4) inéditas na América Latina, sendo as primeiras do mundo conectadas a uma fonte de luz sincrotron, o Sirius. Em construção na cidade de Campinas-SP, no campus do CNPEM, o Projeto reunirá técnicas analíticas e competências avançadas de bioimagens, que serão abertas a comunidade científica e órgãos públicos. Ao possibilitar o avanço do conhecimento sobre patógenos e doenças correlatas, o Orion subsidiará ações de vigilância e política em saúde, assim como o desenvolvimento de métodos de diagnóstico, vacinas, tratamentos e estratégias epidemiológicas. Instrumento de apoio à soberania nacional no enfrentamento de crises sanitárias, o Orion tem o potencial de beneficiar diversas áreas, como saúde, ciência e tecnologia, defesa e meio ambiente.
A execução do projeto Orion é de responsabilidade do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O Projeto integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, é financiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do MCTI e apoiado pelo Ministério da Saúde (MS). A iniciativa faz parte da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do Governo Federal, atuando como um instrumento de soberania, competência e segurança nacional nos campos científico e tecnológico para pesquisa, defesa, saúde humana, animal e ambiental. A concepção do Orion deve ainda fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), iniciativa coordenada pelo MS, voltada ao atendimento de demandas prioritárias do Sistema Único de Saúde (SUS).