Petro Notícias, em 18/03/2014
Foi apresentado nesta terça-feira (18), durante o Seminário Internacional de Biocombustíveis, em São Paulo, o etanol de 2ª geração, que, por aliar baixo custo de matéria-prima e incremento na capacidade de produção, representa uma das alternativas para minimizar os impactos da crise no setor energético.
No Brasil, o etanol 2G será feito a partir da palha da cana-de-açúcar e deverá começar a ser produzido ainda este ano, com a inauguração da usina da GranBio, em Alagoas, que já está em processo de ajustes junto à ANP. Com um custo de R$ 350 milhões, a fábrica terá uma capacidade de produção de 82 milhões de litros e promete incrementar em 45% a fabricação do biocombustível.
O vice-presidente da GranBio, Alan Hitner (foto), afirmou que o processo de fabricação do etanol 2G com a utilização de enzimas representa uma nova revolução industrial. “Eu considero, hoje, que o açúcar é o novo petróleo”, emendou. Segundo Hitner, o Brasil tem condição de liderar essa agenda de biotecnologia e a GranBio está orgulhosa de ser pioneira nessa nova fase.
De acordo com o pesquisador do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), José Pradella, outras duas multinacionais investiram cerca de R$ 200 milhões em projetos de etanol 2G em parceria com o órgão para produção em escala industrial. Diante disso, ele alerta para a necessidade de se criar uma política que regulamente o setor. “Isso precisa ser feito logo, em no máximo quatro ou cinco anos, pois essa tecnologia é uma riqueza nacional¨, observou.