Espuma antiestática sustentável para embalagens de eletrônicos

Desafio

Enfrentando os Desafios da Eletricidade Estática na Indústria Eletrônica

Pesquisadores do CNPEM desenvolveram uma espuma condutora a partir do bagaço de cana-de-açúcar. A espuma é capaz de conduzir corrente elétrica, o que a torna apta para a aplicação como embalagem antiestática!

Por que isso é um problema? A produção de descarga eletrostática sobre componentes eletrônicos sensíveis é comum durante seu transporte, manuseio e armazenamento. Essa descarga pode danificar os itens eletrônicos e causar incêndios em materiais inflamáveis, gerando perdas econômicas anuais da ordem de bilhões de dólares para a indústria eletrônica, além de perigo para a população. Para evitar esses danos, os produtos são frequentemente embalados em materiais com características antiestáticas, como espumas feitas de polímeros derivados de petróleo e cargas condutoras. No entanto, esses compostos são problemáticos devido ao alto consumo de energia em sua produção, baixa biodegradabilidade e baixa resistência ao fogo, afetando negativamente o meio ambiente e a segurança.

Tecnologia

Nossa solução: imagine uma embalagem para eletrônicos que não só protege contra eletricidade estática, evitando danos aos componentes sensíveis, mas que também extingue rapidamente o fogo para preservar os valiosos dispositivos em caso de emergência. Esta tecnologia inovadora utiliza uma espuma feita de celulose catiônica e negro de fumo, proporcionando uma solução sustentável e eficaz. Graças à sua composição única, não há necessidade de adicionar retardantes de chama, tornando-a ainda mais ecológica. Com essa embalagem, você pode ter a tranquilidade de saber que seus eletrônicos estão protegidos contra descargas eletrostáticas e incêndios, garantindo a segurança e integridade do consumidor!

Diferenciais da tecnologia

Material sustentável: a celulose catiônica usada como matriz polimérica na fabricação da espuma torna-a uma opção sustentável, pois é um material biodegradável e obtido a partir de fontes renováveis. Isso reduz o impacto ambiental em comparação com as espumas convencionais feitas de polímeros derivados de petróleo;
Oriundo de fontes renováveis: bagaço de cana-de-açúcar;
Característica antiestática: A espuma possui resistividade elétrica suficientemente baixa para permitir a dissipação de cargas elétricas acumuladas sobre os componentes eletrônicos, protegendo-os contra eventuais descargas eletrostáticas;
Alta resistência ao fogo: Além de sua característica antiestática, a espuma é capaz de extinguir rapidamente o fogo, proporcionando uma camada adicional de segurança para os dispositivos eletrônicos em caso de emergência, o que é crucial para evitar perdas econômicas significativas e proteger a segurança da população;
Material antiestático de baixo custo: A espuma desenvolvida é produzida a partir do bagaço de cana-de-açúcar, um resíduo agroindustrial que ainda permanece sem destino. Então, sua matéria-prima tem baixo valor agregado. Ao contrário, as espumas convencionais empregam polímeros que são sintetizados a partir de (sub)produtos do craqueamento do petróleo, que têm diversas aplicações e consequentemente são mais caros (em comparação com o bagaço).