Assessoria de Comunicação em 08/10/2021
Autoridades oficializaram acordos de parceria e inauguraram novas instalações, entre elas cinco estações de pesquisa do Sirius, acelerador de partículas de última geração, e visitaram Feira do Nióbio
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e os ministros Marcos Pontes, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e Milton Ribeiro, do Ministério da Educação (MEC), participaram na sexta-feira (8) de eventos e inaugurações no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social supervisionada pelo MCTI.
Sirius
O evento marcou a entrega de novas instalações do CNPEM relacionadas ao avanço das atividades de pesquisa no Sirius, acelerador de partículas de última geração que gera luz síncrotron. Essa luz de altíssimo brilho é capaz de revelar estruturas, em alta resolução, dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas e outros.
As instalações do Sirius começaram a ser usadas em julho de 2020, com a abertura da estação experimental Manacá, em caráter emergencial, para contribuir com os esforços de combate à pandemia de COVID-19. A estação, equipada com instrumentos que permitem revelar estruturas tridimensionais de proteínas e enzimas humanas e patógenos com resoluções que não podem ser obtidas em equipamentos convencionais.
Agora foram abertas, em fase de comissionamento científico, cinco novas linhas de luz. As estações de pesquisa que receberam os nomes de Carnaúba, Cateretê, Ema, Ipê e Imbuia. Também foram inaugurados Laboratórios de Apoio ao Usuário com toda a infraestrutura necessária para o preparo de amostras que serão levadas para as linhas de luz e a Unidade TEPUI, equipada com supercomputadores que vão armazenar e processar o gigantesco volume de dados do Sirius.
Na ocasião também foi celebrado acordo de cooperação técnica para execução de projetos com a PI Tecnologia (PITEC), empresa dedicada ao desenvolvimento de sistemas de comunicação e de imagem com hardwares eletrônicos de última geração. A PITEC já trabalhou com a equipe do CNPEM no desenvolvimento do PIMEGA, detector de raios X, que é um dos componentes mais importantes das linhas de luz do Sirius.
Feira do Nióbio e Acordo CBMM
A 1ª Feira Brasileira do Nióbio foi organizada pelo MCTI e apresentou produtos já desenvolvidos pelas empresas em conjunto com a academia, voltados para a aplicação do mineral, com intuito de contribuir com o posicionamento do Brasil no cenário mundial como referência voltada à produção, caracterização e aplicação do nióbio. Participou do evento a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), líder mundial na tecnologia com Nióbio e responsável por 90% da produção global de produtos industrializados do metal.
Na ocasião foi oficializado um acordo de cooperação em pesquisa entre o CNPEM e a CBMM, líder mundial na produção e fornecimento de produtos de nióbio. A parceria busca gerar conhecimentos necessários para acelerar o desenvolvimento de tecnologias em supercondutividade.
LNNano
As autoridades presentes ao evento também celebraram a entrega de novas instalações do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) que integra o CNPEM. A infraestrutura do LNNano é dedicada à nanofabricação de dispositivos e nanossistemas, aberta a usuários externos e que possibilitará novos desenvolvimentos nas áreas da Saúde, Meio Ambiente, Agricultura, Energia e outras.
As novas salas permitem a execução de toda a cadeia dos processos de nanofabricação e contam com laboratórios para: deposição e tratamento de resinas especiais; litografia por feixe de elétrons e por feixe de íons e um laboratório para processos de deposição e corrosão de filmes finos. Ainda, as instalações integram outras facilidades existentes no LNNano para síntese e caracterização de materiais avançados na escala micro e nanométrica.
Ilum – Escola de Ciência
Na presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro, o CNPEM também inaugurou a Ilum, Escola de Ciência. O projeto, financiado pelo MEC, amplia a atuação do CNPEM na área de Educação, com uma proposta de metodologia inovadora que enfatiza as atividades práticas e tem foco na interdisciplinaridade, fundamental para fazer frente aos desafios colocados globalmente para a ciência nos tempos atuais, como as energias limpas, produção agrícola, sustentabilidade, saúde, fármacos, transporte e logística, questões climáticas, materiais e minerais estratégicos, entre outros.
O curso de graduação, com três anos de duração em período integral com imersão nas práticas de pesquisa dos diversos laboratórios de referência nacional do CNPEM, é gratuito e pelo menos metade das vagas será destinada a estudantes vindos da escola pública. Os alunos aprovados terão moradia, alimentação e transporte custeados pela escola, e um computador pessoal para uso durante os três anos de formação.
Sobre o CNPEM
Ambiente de pesquisa e desenvolvimento sofisticado e efervescente, único no País e presente em poucos polos científicos no mundo, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI).
O Centro é constituído por quatro Laboratórios Nacionais e é berço do mais complexo projeto da ciência brasileira – o Sirius – uma das mais avançadas fontes de luz síncrotron do mundo. O CNPEM reúne equipes multitemáticas altamente especializadas, infraestruturas laboratoriais mundialmente competitivas e abertas à comunidade científica, linhas de pesquisa em áreas estratégicas, projetos inovadores em parcerias com o setor produtivo e ações de treinamento para pesquisadores e estudantes.
O Centro constitui um ambiente movido pela busca de soluções com impacto nas áreas de saúde, energia, meio ambiente, novos materiais, entre outras. As competências singulares e complementares presentes no CNPEM impulsionam pesquisas e desenvolvimentos nas áreas de luz síncrotron; engenharia de aceleradores; descoberta de novos medicamentos, inclusive a partir de espécies vegetais da biodiversidade brasileira; mecanismos moleculares envolvidos no surgimento e na progressão do câncer, doenças cardíacas e do neurodesenvolvimento; nanopartículas funcionalizadas para combate de bactérias, vírus, câncer; novos sensores e dispositivos nanoestruturados para os setores de óleo e gás e saúde; soluções biotecnológicas para o desenvolvimento sustentável de biocombustíveis avançados, bioquímicos e biomateriais.