As pesquisadoras do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Ingrid David Barcelos, integrante do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), e Juliana da Silva Bernardes, integrante do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), foram eleitas para a Academia Brasileira de Ciências (ABC), nas áreas de Ciências Físicas e Químicas, respectivamente, na categoria de membros afiliados.
A divulgação aconteceu após Assembleia Geral Ordinária da ABC, realizada em 29 de novembro. A cerimônia de diplomação dos novos membros afiliados de São Paulo deve ocorrer em outubro de 2025.
Sobre Ingrid Barcelos
Ingrid Barcelos é doutora em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sendo sua tese de doutorado foi laureada com o Prêmio José Leite Lopes de 2015 da Sociedade Brasileira de Física (SBF). Como pesquisadora do LNLS, atuou na linha de nanoespectroscopia de infravermelho de 2017 a 2021. Atualmente, lidera o Laboratório de Amostras Microscópicas (LAM), dedicado à fabricação e preparação de amostras avançadas.
Sua pesquisa é voltada à nanofotônica, com foco no controle e propagação da luz na nanoescala em materiais 2D e suas heteroestruturas. Entre os principais reconhecimentos, recebeu o Prêmio Para Mulheres na Ciência – Categoria Física (2021), concedido pela L’Oréal-UNESCO-ABC, o B-MRS Early Career Woman Scientist Prize (2024), e o Prêmio CAPES Futuras Cientistas (2024).
Sobre Juliana Bernardes
Juliana Bernardes formou-se em química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em 2003. Seu doutorado em Ciências (2008), com ênfase em físico-química de coloides, foi realizado na UNICAMP com período sanduíche na Universidade de Lund na Suécia. Fez pós-doutorado na UNICAMP (2009-2011) e na Universidade de Estocolmo (2017). Professora associada aos programas de pós-graduação em nanociências e materiais avançados da Universidade Federal do ABC e em química da UNICAMP. Atua como revisora de agências de fomento e periódicos internacionais indexados.
Seu interesse de pesquisa envolve o isolamento de nanocelulose extraída de biomassas para a produção de materiais avançados sustentáveis. Estratégias de agregação de nanopartículas em suspensões coloidais são utilizadas em seus projetos, visando controlar as propriedades dos materiais produzidos. Os principais objetivos da sua pesquisa incluem o desenvolvimento de métodos de processamento de nanomateriais; modificação e caracterização da superfície de nanopartículas e avaliação de fenômenos coloidais em nanoescala.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País, O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. Responsável pela operação dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), e também pela Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).