A supercondutividade tem potencial para provocar uma mudança fundamental nas tecnologias que utilizam energia elétrica, desde que seu uso se generalizou há mais de um século. Assim como a fibra óptica habilitou a “superestrada da informação” suplantando a capacidade do cobre de transportar energia, a supercondutividade pode criar uma “superestrada de energia”, substituindo condutores elétricos de cobre por um supercondutor a base de Nb ou de cerâmicas, com maior capacidade de eliminar perdas resistivas. Os benefícios que os supercondutores podem gerar incluem transmissão de energia, motores elétricos mais eficientes, equipamentos médicos de alto desempenho, componentes para aceleradores de partículas, levitação magnética, além do baixíssimo impacto ambiental.
O desenvolvimento de equipamentos supercondutores prevê a pesquisa, desenvolvimento e aplicação da tecnologia supercondutora em sistemas de engenharia de diferentes áreas: medicina, energia, física de altas energias, eletrônica, radio frequência, sensores eletroeletrônicos, sistemas de refrigeração criogênica – essencial para esta tecnologia. No final de 2020, foi firmado um acordo de colaboração entre CNPEM e CERN com foco principal na pesquisa e compartilhamento de recursos e transferência de tecnologia na área de supercondutividade.
Além dos esforços em supercondutividade, o Programa em Tecnologias Quânticas prevê P&D de dispositivos quânticos, componentes semicondutores para dimensões de poucos nanômetros. Como um campo emergente na ciência e tecnologia, a inserção da pesquisa brasileira é fundamental para o país contribuir e absorver os desenvolvimentos tecnológicos de fronteira.