O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), assinou em 22 de janeiro dois Protocolos de Intenções que formalizam cooperações em ciência e tecnologia. Os acordos são com a Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos e a Natura Cosméticos. Os protocolos celebrados visam à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias na área de novos produtos com interesse comercial, estabelecendo uma ponte entre o setor acadêmico e industrial.
Para o diretor do LNBio, Kleber Franchini, os acordos são representativos da importância do Laboratório para a inovação no País. “Quando se consegue solucionar os problemas ligados à iniciativa privada, se cumpre o papel da instituição pública de fomentar a inovação”.
O foco das iniciativas com o Cristália é o desenvolvimento de tecnologia para a síntese de peptídeos (trechos da proteína) e de compostos orgânicos úteis à obtenção de novos fármacos. O LNBio terá ainda pesquisas de alta performance na triagem de compostos sintéticos e naturais por meio de técnicas de HighTthroughput Screening (HTS). Com ela é possível reduzir o tempo necessário para a obtenção de resultados sobre o potencial terapêutico de um novo candidato a fármaco.
Para o diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Laboratório Cristália, Roberto Debom, o convênio com o LNBio é interessante para a empresa, pois possibilita a melhoria na cadeia de desenvolvimento de novos produtos. “Com esta experiência vamos buscar avanços nos medicamentos e soluções inovadoras para o setor”. Debom também ressalta que o Laboratório prestará consultoria e serviços ao LNBio na área de fármacos e medicamentos. “Isso é imprescindível para o avanço da ciência nacional e possibilita que o Brasil possa competir no cenário científico internacional”, diz.
Sobre a parceria com a Natura, o gerente de Projetos e Inovação do LNBio, Rodrigo Gerra, destaca que a iniciativa é estratégica. “Acordos como este são fundamentais e estão alinhados com as prioridades do Laboratório e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), no sentido de reunir os setores público e privado e desenvolver plataformas tecnológicas com empresas de renome, como Natura, Embrapa e Cristália”, afirma.