21/06/2009 – Cosmo On Line
Cento e dez equipes de estudantes de escolas públicas e privadas apresentaram idéias para operar equipamento
Jovens cientistas de 25 cidades do Estado de São Paulo apresentaram neste domingo (21/6), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a solução para o 3º Grande Desafio, lançado pelo Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, no dia 9 de março: quem é capaz de salvar uma espécie da extinção? Cento e dez equipes de estudantes de escolas públicas e privadas apresentaram idéias para operar um equipamento capaz de resgatar um ovo de harpia (Harpia harpyja), espécie ameaçada e mais conhecida como gavião-real, em ninhos localizados a mais de 40 metros de altura.
Para incentivar e orientar o planejamento e construção dos equipamentos, professores das escolas participantes e do desafio acompanharam durante quatro meses os mais de 600 alunos das equipes. Durante a apresentação, os participantes tiveram apenas seis minutos para demonstrar a performance do equipamento. Esse tempo foi dividido em três minutos para montagem e outros três para a operação.
Os alunos competiram em quatro categorias, de acordo com a idade e tipo de ensino: Fundamental 1 e 2, Ensino Médio e Educação para Jovens e Adultos. Ao todo, foram quatro prêmios por categoria de inscrição e duas menções honrosas. Entre as premiações, foram observados desempenho, criatividade e metodologia.
Durante todo o dia, o clima era de expectativa e muita animação. Como foi o caso da dupla que integrava uma das seis equipes formadas pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Pavanatti Fávaro, de Campinas. Os estudantes Vinícius Hygino de Oliveira, de 15 anos, e Vinícius Ferro, de 14 anos, criaram uma espécie de manivela manual de madeira, suspensa por um suporte, onde na ponta tinha um pegador de chapa de metal para retirar o ovo. A trupe formada por seis estudantes, de 15 a 17 anos, do Colégio Atibaia, de Atibaia, também fez bonito durante as apresentações. “Criamos um elevador com uma garra na ponta que abre e fecha com a ajuda de uma tesoura, manuseada manualmente por uma corda. Usamos madeira, ferro, barbante e arame. Levamos três dias para criar o equipamento”, contou Marcos Gonçalves Marques, de 17 anos.
Ao todo, 21 equipes foram premiadas e ganharam passeios a museus de ciência, além de livros e brindes. Participaram da sessão de entrega dos prêmios, autoridades representantes da Unicamp, da Pfizer Brasil, do Instituto Sangari e do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, entre outros.
Para a diretora educacional do Museu Exploratório de Ciências, Adriana Rossi, o evento é uma oportunidade para estimular o trabalho em equipe, a criatividade e a percepção de que, alguns problemas, permitem diversas soluções. “Tentamos estimular a criatividade e o trabalho cooperativo. Pretendemos que pequenos talentos sejam descobertos”, disse.