Formandos receberam ensino interdisciplinar, com metodologias ativas que incluem atividades com equipamentos de última geração e interação com cientistas do CNPEM
Depois de três anos de dedicação e estudos numa proposta inovadora de ensino, os estudantes da primeira turma da Ilum se preparam para a colação de grau. A cerimônia virá acompanhada da primeira edição do Prêmio Paulo Gontijo para Futuros Cientistas e ocorre no dia 10 de janeiro, às 16 horas, no Hall de entrada do Sirius, no CNPEM, em Campinas(SP). Os dois projetos selecionados foram estudos sobre tuberculose no Brasil e leite materno, cujos autores receberão R$ 10 mil cada.
Para conquistarem o diploma de bacharel em Ciência e Tecnologia, os 34 alunos, divididos em grupos de 2 ou 3 integrantes, trabalharam no desenvolvimento de projetos inovadores sobre temas de relevância nacional. O objetivo é estimular os estudantes a buscarem novos conhecimentos científicos, mas também destacar o papel transformador da ciência para a sociedade, um dos pilares da formação da Ilum.
O grupo composto pelas alunas Bárbara Rodrigues, Monyque Silva e Paola Ferrari ganhou um dos prêmios com um estudo sobre as características do leite materno e sua relação com a saúde humana. “O projeto integrou biologia, computação e humanidades, o que foi incrível para a carreira que pretendo seguir. O trabalho final me deu confiança para trilhar uma trajetória científica independente e madura”, afirmou Bárbara, que pretende fazer pós-graduação em genética e biologia molecular com foco em cuidados com a saúde. O outro projeto premiado, dos estudantes Vitor Barelli e Tiago Bigardi, aplicou conceitos da epidemiologia matemática para entender a incidência da tuberculose no Brasil.
“Somos profundamente gratos ao Instituto Paulo Gontijo por essa colaboração tão valiosa. Estou certo de que nossos alunos estão trilhando um caminho promissor rumo a carreiras de destaque na Ciência”, destacou Adalberto Fazzio, diretor da Ilum.
Além dos trabalhos premiados, os estudantes da primeira turma da Ilum desenvolveram, ao longo do segundo semestre de 2024, projetos inovadores nos laboratórios do CNPEM sobre temas de grande relevância contemporânea. Entre eles, destacam-se pesquisas sobre tecidos tecnológicos biodegradáveis, produção e armazenamento de hidrogênio verde, impactos das mudanças climáticas no cultivo de tomate-cereja, bem como estudos avançados sobre o Mal de Parkinson e cardiopatias. Alguns desses projetos já demonstram potencial para gerar patentes.
Todo esse ambiente de pesquisa de ponta foi determinante para consolidar a parceria entre a Ilum e o Instituto Paulo Gontijo. O instituto desenvolve programas e projetos de apoio científico com foco na melhoria da qualidade de vida de pessoas com doenças neuromusculares e, desde 2007, premia pesquisadores do Brasil e do mundo que estudam a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Marcela Gontijo, presidente da entidade, afirma que o novo prêmio é um ato de gratidão e amor à ciência e a todos aqueles que dedicam seu tempo à construção e à compreensão do mundo em que vivemos. “Nos unimos à Ilum e ao CNPEM inspirados pelo Sirius, a estrela mais brilhante que ilumina nossos futuros cientistas”, disse Gontijo.
Sobre a Ilum Escola de Ciência
A Ilum é uma escola de Ensino Superior gratuita, que emprega uma abordagem interdisciplinar para a formação de cientistas e profissionais em Ciência e Tecnologia. Com um modelo educacional inovador, o bacharelado de três anos oferece aulas em tempo integral, conectando Ciências da Vida, Ciências da Matéria, Ciência de Dados, Inteligência Artificial e Humanidades para formar pesquisadores aptos a atuar de forma ética e colaborativa na busca por soluções às questões globais do século XXI. A Ilum é financiada pelo Ministério da Educação (MEC) e integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Sua proposta de ensino oferece contato precoce com atividades experimentais, seja nos laboratórios didáticos da Ilum ou no CNPEM, em projetos desenvolvidos junto aos pesquisadores.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) abriga um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País. O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. O CNPEM é responsável pela operação dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), e também pela Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).