Estudantes do segundo ano da Ilum Escola de Ciência visitaram o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), em Campinas, em mais uma ação que integra a parceria firmada em agosto entre as duas instituições. Acompanhados pelos professores Juliana Smetana e Felipe Crasto de Lima, os estudantes do bacharelado em Ciência e Tecnologia tiveram acesso a um panorama das diversas linhas de pesquisa desenvolvidas no CTI e discutiram possibilidades para futuros projetos interdisciplinares.
Durante a visita, os pesquisadores do CTI apresentaram 20 potenciais direções de investigação científica, contemplando áreas que vão desde a síntese de materiais para biossensores e fotocatálise, passando por sistemas “organ-on-chip” que simulam funções de órgãos humanos, até OLEDs, circuitos fotônicos, dispositivos optoeletrônicos, eletrônica têxtil e impressão 3D com aplicações biomédicas e industriais.
De acordo com o professor Felipe Crasto de Lima, a atividade foi planejada para expandir o horizonte dos alunos: “Este encontro foi essencial para ampliar a visão dos estudantes sobre as possibilidades de pesquisa e inovação, mostrando como a ciência se conecta a diferentes áreas do conhecimento.”
As propostas apresentadas estão alinhadas às três grandes áreas do bacharelado da Ilum — Ciências da Matéria, Ciências da Vida e Ciências de Dados. A expectativa é que, a partir do primeiro semestre de 2026, os alunos comecem a desenvolver seus projetos finais em colaboração com pesquisadores do CTI, iniciando um processo de cocriação científica. Já no segundo semestre, será a fase de execução prática dentro dos laboratórios do centro.
A estudante Katarina da Silva Vilarins destacou o impacto que a visita trouxe para a consolidação de seu projeto final: “O que mais me chamou a atenção foi a diversidade das propostas e como elas se aproximavam das nossas áreas de interesse. Já tinha algumas ideias em mente e, ao ver que algumas delas já estavam sendo exploradas no CTI, consegui visualizar como colocá-las em prática. Isso me ajudou a amadurecer o tema do meu projeto final.”
Katarina revelou que pretende investigar soluções relacionadas à hiperidrose, condição clínica que ela mesma vivencia e que considera pouco estudada. Inspirada pelas pesquisas em dispositivos observados no CTI, ela pretende avançar em um protótipo que auxilie no diagnóstico ou melhore a qualidade de vida de pessoas com a condição.
A visita reforçou o papel da parceria entre Ilum e CTI Renato Archer como um catalisador para inovação, interdisciplinaridade e formação prática. Para os estudantes, foi a chance de perceber como suas ideias podem ganhar corpo em ambientes de pesquisa de ponta.
Sobre a Ilum Escola de Ciência
A Ilum é uma escola de Ensino Superior gratuita, que emprega uma abordagem interdisciplinar para a formação de cientistas e profissionais em Ciência e Tecnologia. Com um modelo educacional inovador, o bacharelado de três anos oferece aulas em tempo integral, conectando Ciências da Vida, Ciências da Matéria, Ciência de Dados, Inteligência Artificial e Humanidades para formar pesquisadores aptos a atuar de forma ética e colaborativa na busca por soluções às questões globais do século XXI. A Ilum é financiada pelo Ministério da Educação (MEC) e integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Sua proposta de ensino oferece contato precoce com atividades experimentais, seja nos laboratórios didáticos da Ilum ou no CNPEM, em projetos desenvolvidos junto aos pesquisadores.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) abriga um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País. O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. As atividades de pesquisa e desenvolvimento do CNPEM são realizadas por seus Laboratórios Nacionais de: Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além de sua unidade de Tecnologia (DAT) e da Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).