Portal do MCTI, 25/07/2014
De componentes eletrônicos a medicamentos contra doenças como o câncer, as diversas aplicações da nanotecnologia foram apresentadas ao público que participou, nesta sexta-feira (25), da mesa-redonda sobre o tema durante a 66ª Reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A atividade reuniu três pesquisadores em uma das salas da Universidade Federal do Acre (UFAC), onde, até o domingo (27), ocorre a reunião da SBPC.
“Fornecer aplicações únicas de materiais com grande impacto econômico, científico, tecnológico, além de potencial para introduzir benefícios na qualidade de vida da sociedade”, disse a professora do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Giselle Zenker Justo, ao explicar o conceito e a utilização da nanotecnologia.
A nanotecnologia está presente em inúmeras áreas. É aplicada na indústria de cosméticos, em fármacos, eletrônicos, automotores, artigos de higiene pessoal e na área de engenharia civil, entre outras.
Segundo Roberto Nicolete, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apesar da projeção global de investimentos em nanotecnologia até 2020 ser da ordem de US$ 3 trilhões, o número de medicamentos com esse tipo de tecnologia ainda é baixo, pouco mais de 20 no mundo todo.
Experiência brasileira
O pesquisador do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Fernando Galembek, ressaltou um paradoxo interessante da nanotecnologia. “Apesar de construir grandes instrumentos como o equipamento de soldagem, a nanotecnologia parte de estudos microscópicos”.
Galembek referia-se ao instrumento de soldagem por atrito com pino não-consumível (friction stir welding, na sigla em inglês), um dos projetos desenvolvidos pelo LNNano. O equipamento permite a união de materiais, principalmente metálicos, no estado sólido, através do aquecimento por atrito e deformação gerados por uma ferramenta que rotaciona e se desloca ao longo da junta.
Repercussão: Jornal Brasil Online; Portal Boas Práticas