NIT Mantiqueira em 03/07/2017
Gonçalo Pereira e Henrique Franco, respectivamente Diretor e Coordenador da Divisão Agrícola do CTBE participaram na última terça, 27, do Ethanol Summit 2017. Pereira se apresentou no Painel ‘Perspectivas para 2030: o papel do etanol celulósico’, enquanto Franco se dedicou ao palco ‘Mais produtividade e menor custo: caminhos para crescer’.
A cana-energia não dominou a fala do diretor do Laboratório, mas ficou claro que este é um programa que tem recebido muita atenção do CTBE. Pereira apresentou justificativas que devem ampliar a adoção da variedade pelo setor sucroenergético.
Franco se dedicou a explorar os grandes gargalos tecnológicos para a produção agrícola, destacando a enorme quantidade de dinheiro que se perde com pisoteios, perdas visíveis e invisíveis. “Somando os problemas de pisoteio, arranquio e soqueiras o prejuízo ultrapassa os R$ 4,5 bilhões. É muito dinheiro”, analisa.
Os dados, produzidos pela divisão Agrícola do CTBE, são inéditos e revelam que grandes passos devem ser dados em direção à melhoria de práticas agrícolas. “Esse valor [de R$ 4,5 bi], que pode ser considerado de certa forma conservador, poderia ser investido em inovação, por exemplo”, conta Franco. “A critério de exemplo seria possível construirmos seis usinas com esse montante”, avalia.
Cartilha de Bioeletricidade é lançada durante evento
A Cartilha de Bioeletricidade, produzida como parte das entregas do Projeto SUCRE(Sugarcane Renewable Electricity), foi lançada durante o Ethanol Summit 2017. O documento trata do Marco Regulatório do setor elétrico brasileiro para a venda de energia gerada a partir da biomassa da cana-de-açúcar pelas Usinas do Setor Sucroenergético, com destaque à utilização da palha para geração de adicionais de eletricidade.
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“É um documento de vital importância para determinar os próximos passos da comercialização de energia e o SUCRE encabeça essa iniciativa, trabalhando lado a lado com as usinas parceiras interessadas em produzir energia a partir de biomassa”, destaca Gonçalo Pereira, diretor do CTBE.
A Cartilha foi produzida em conjunto com a empresa de consultoria do setor elétrico Excelência Energética e tem por objetivo informar sobre o modelo regulatório do sistema elétrico nacional, mostrar como a energia da biomassa se situa neste sistema, indicar as principais barreiras para a expansão da geração à biomassa, e propor alternativas para superar estas barreiras.
A iniciativa é do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), um dos quatro Laboratórios Nacionais que integram o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O projeto é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente e gerido pelo Programadas Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).