Por Época Negócios em 01/04/2020
José Roque da Silva, diretor geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, conta como cientistas brasileiros atuam na corrida global contra a pandemia
O coronavírus, maior inimigo da humanidade neste momento, protege-se numa “armadura” formada por três proteínas. Graças a essa estrutura, o vírus consegue sobreviver, invadir células saudáveis e se multiplicar. Após um esforço concentrado feito desde janeiro, pesquisadores brasileiros listaram cinco substâncias com potencial para neutralizar a tal armadura. Melhor: em tese, medicamentos genéricos com qualquer das cinco poderiam ser rapidamente produzidos em massa. Os cientistas que lideram o estudo fazem parte da equipe do LNBio (Laboratório Nacional de Biociências), no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas (SP).
A primeira fase da pesquisa, até o fim de março, foi digital, com uso de inteligência artificial, modelos computacionais do vírus e das moléculas a testar contra ele. A fase seguinte, em andamento neste início de abril, é de estudos in vitro, com as substâncias reais em laboratório — e a necessidade de manipular o próprio vírus, num ambiente de biossegurança nível 3 (numa escala que vai de 1 a 4) na Unicamp.
Depois disso, ainda será preciso fazer testes com seres humanos. No episódio de hoje do NegNews, conversamos com o físico José Roque da Silva, diretor geral do CNPEM, sobre o que os cientistas fizeram até agora e quais são os próximos passos nessa pesquisa.
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